24/10/2016

MORTE DE ESTUDANTE

Estudante morto dentro de uma das centenas de escolas ocupadas no Paraná gera polêmica e críticas de quem é contra o movimento 
Secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita
Uma notícia, que repercutiu muito no Paraná, foi a morte de um estudante em uma das escolas ocupadas por causa do protesto contra as mudanças no ensino médio. O foto serviu para que os contrários fizessem críticas. No início da noite de segunda-feira, jornais, como o Gazeta do Povo, informaram que um adolescente suspeito de ter matado o aluno, em uma escola ocupada no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, já tinha sido apreendido, A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). A pasta confirmou que o autor do crime, de 17 anos, também é estudante do Colégio Estadual Santa Felicidade e participava da ocupação da instituição. De acordo com a Sesp, vítima e suspeito teriam consumido drogas sintéticas dentro do colégio e o assassinato ocorreu após um desentendimento entre os dois. Os jovens teriam se deslocado do grupo principal para usar a droga dentro de um alojamento quando crime ocorreu. A vítima, de 16 anos, teria agredido o suspeito, que carregava uma faca de cozinha e desferiu golpes contra o jovem. Ainda acordo com a Sesp, o suspeito fugiu do local e foi apreendido em casa, horas depois. Ouvido por policiais, o suspeito teria confessado o crime e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente para que as diligências fossem tomadas. Outros jovens que teriam testemunhado o crime também foram encaminhados à delegacia, de acordo com o secretário de Segurança, Wagner Mesquita. O secretário ainda afirmou que o Colégio Estadual Santa Felicidade já teria sido alvo de um pedido feito de reintegração de posse formulado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). De acordo com Mesquita, a Sesp teria pedido ao Conselho Tutelar que acompanhassem as ocupações. “Esse pedido foi feito prevendo que estes adolescentes estavam em risco. O Conselho Tutelar não constatou nada”, afirmou. Mesquita afirmou que o canal de comunicação montado pela Sesp recebeu, em seis dias, 60 notificações de crimes como violência, ameaça e uso de drogas, que estariam sendo investigados pela Polícia Civil. Sem dar mais detalhes, o secretário disse que pessoas maiores de idade que estivessem na escola poderão ser responsabilizados pelo assassinato do estudante. “Os articuladores do movimento estão sendo identificadas, para que elas sejam responsabilizadas, inclusive os pais. Há denúncias de coma alcoólico dentro das instituições e outras denúncias que mostram que os pais falharam no seu dever de tutela”, disse. Movimento Ocupa Paraná pede paz: O movimento Ocupa Paraná – que concentra orientações para as ocupações dos colégios no estado – disse que, apesar de serem estudantes do colégio, nem a vítima e nem o suspeito participavam ativamente da ocupação da instituição. O movimento de estudantes afirmou que o futuro das ocupações será decidido em assembleia com todos os alunos, que acontecerá em Curitiba na próxima quarta-feira (26). O movimento também divulgou uma nota de pesar pela morte do jovem e afirmou que não vai culpabilizar ninguém pelo ocorrido . “Neste momento queremos apenas prestar solidariedade à família, família que perde um dos seus para o ódio, para a intolerância e para a violência”, diz a nota. O movimento ainda convocou os estudantes do Paraná, professores e comunidades para que façam atos em solidariedade à família do jovem. “Em vigília contra a violência que vem sendo propagada contra as escolas, orientamos todos para que nesse momento reforcem suas energias por esse garoto de apenas 16 anos que pagou todo o ódio propagado com sua vida dentro de um local marcado pela luta dos estudantes paranaenses”, completa o movimento. NOTA DO GOVERNO - Em relação à notícia de morte de menor cujo corpo foi encontrado na Escola Estadual Santa Felicidade, escola invadida, a Procuradoria-Geral do Estado tem a dizer o seguinte: A PGE nada tem a declarar sobre o fato em si, que será investigado pela Polícia Civil. Entretanto, sejam quais forem as circunstâncias, o lastimável acontecimento reforça a tese defendida pelo Governo do Estado de que as invasões às escolas colocam em risco a integridade física e psicológica dos menores que participam do movimento, razão pela qual a Procuradoria tem buscado, por todas as formas, realizar as desocupações amparando-se em ordens judiciais - Assina a nota PAULO SERGIO ROSSO, Procurador-Geral do Estado.

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