25/11/2015

CORRUPÇÃO - "Prisão do amigo de Lula: José Bumlai"

                 Contina repercutindo o fato de que a Polícia Federal prendeu na terça-feira (24 de novembro) o pecuarista José Carlos Bumlai na 21ª fase da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter participado de uma operação fraudulenta em que um contrato da Petrobras acabou saldando uma dívida do PT. Bunlai é amigo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT. Segundo o juiz Sérgio Moro, não há prova de envolvimento de Lula com atos ilícitos.    Foi em um hotel em Brasília que o pecuarista José Carlos Bumlai foi preso, antes do café da manhã. A Polícia Federal revistou o quarto em que ele estava hospedado. Dois filhos de Bumlai, que estavam com ele, foram levados para a superintendência da PF. Mauricio e Guilherme falaram durante uma hora e meia cada um. Eles responderam a perguntas sobre a usina de açúcar e álcool da família, em Mato Grosso do Sul, que teria sido construída com dinheiro de um empréstimo do BNDES.   (Leia mais no link abaixo)
José Carlos Bumlai foi a Brasília justamente para depor sobre esse empréstimo na CPI do BNDES, na Câmara, mas, antes disso, foi levado para Curitiba. Na comissão, os deputados leram as explicações do juiz Sérgio Moro para a prisão. A comissão poderá ouvir Bumlai na próxima terça-feira (1) em Curitiba. Em Mato Grosso do Sul, agentes fizeram buscas na usina, na casa e no escritório do empresário. Eles procuravam informações principalmente de um empréstimo de R$ 12 milhões feito no banco Schahin e que, segundo as investigações, foi perdoado em troca de suposta ajuda de Bumlai em um contrato bilionário na Petrobras. Bumlai já deu entrevista negando. Ele é amigo do ex-presidente Lula. Segundo investigadores, esta fase da operação foi batizada de Passe Livre por causa do acesso que o empresário tinha à presidência da república no governo Lula.   Um dos delatores da Lava Jato, o operador Fernando Baiano contou que Bumlai chegou a levar Lula, já não mais presidente, a uma reunião com um empresário do ramo de petróleo para conseguir um contrato do pré-sal. Esse contrato era operado pela empresa Sete Brasil, que fornece sondas para a Petrobras. Baiano contou que, apesar de o negócio com a Petrobras não ter vingado, adiantou R$ 2 milhões para Bumlai que seriam para pagar uma dívida imobiliária da nora do ex-presidente.    Em entrevista, em outubro, ao jornal O Estado de São Paulo, José Carlos Bumlai admitiu que, em 2011, marcou uma reunião de Lula com o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, no Instituto Lula, em São Paulo. Bumlai afirmou que não recebeu nada por isso. Ele também negou ter pago R$ 2 milhões a uma das noras de Lula, desmentindo a delação de baiano.   Bumlai disse que pegou R$ 1,5 milhão de Baiano, mas que foi um empréstimo para pagar salários de funcionários. O pecuarista afirmou ainda que jamais fez lobby, muito menos usando o nome ou autorização de Lula. Bumlai declarou: “É meu amigo? É meu amigo, a família é minha amiga, mas não justifica isso”.  No despacho desta terça (24), o juiz Sérgio Moro afirmou que José Carlos Bumlai teria se servido, por mais de uma vez e de maneira indevida, do nome e autoridade do ex-presidente da república para obter benefícios. Não há nenhuma prova de que o ex-presidente da república estivesse de fato envolvido nesses ilícitos. “Não existe nenhuma evidência direta que envolta o ex-presidente da república, então as investigações do fato da Lava Jato continuam. Nós investigamos os fatos, e não as pessoas”, diz o procurador Diogo Mattos.

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