07/10/2015

ARIRANHA - Acusado de legislar em causa própria

                      ARIRANHA DO IVAÍ                    
Imagem de uma das páginas do projeto 
Presidente da Câmara de Ariranha do Ivaí é acusado de condicionar a votação de um projeto de calçamento de ruas do Poder Executivo, a realização de um serviço particular do próprio edil 
                 Em Ariranha do Ivaí, vereadores de situação, que fazem parte da base de sustentação do Prefeito Silvio Gabriel Petrassi, estão revoltados com o que eles chamam de "perseguição política" supostamente promovida pelo Presidente da Câmara, de Ariranha do Ivaí, o Claudinei Taconi, eleito pelo DEM. A acusação é de que ele tem atrasado a votação de projetos do poder executivo e com isso impedido que algumas ações em prol da população aconteçam. O caso mais recente, é um projeto 061/2015 de autoria do Prefeito, que assegura a construção de pavimentação, através do calçamento, das Ruas: Antonio Kusminski e Rua José Trizote. Ao fazer uma fala na sessão da Câmara Municipal, o vereador Taconi admitiu que não iria colocar o projeto em votação, porque a prefeitura estava cobrando uma taxa de 100 reais para realizar um serviço particular do nobre edil. "Eu assumo toda responsabilidade; se eles não atendem lá, eu aqui vou dificultar também. Não é justo, aqui a gente vota tudo o que eles querem, e quando precisa de meia hora de serviço, o prefeito fala para a gente pagar uma taxa", diz o vereador em suas explicações no plenário da casa e se referindo a necessidade que ele teve de um pá carregadeira e não foi atendido porque não pagou a taxa que é exigida para todo e qualquer cidadão da comunidade. A situação chega a ser absurda, porque é como se o presidente da casa estivesse legislando em causa própria ao condicionar a colocação de um projeto em votação, mediante um benefício com a máquina pública. "É muito clara a atitude do vereador de atrapalhar o poder executivo, com manobras que atrasem a votação de projetos, e com isso, quem perde é a população. Esse projeto de calçamento é um exemplo, pois o dinheiro está na conta, á obra é sonhada pelos moradores, mas o vereador,  por um ato de politicagem e pensando em uma posicionamento político individual, prejudica o coletivo, que são os cidadãos. Pior ainda, é reclamar um benefício próprio", disse a vereadora Adriana da Silva Souza, do PSDB, que não concorda com a atitude do Presidente: "Eu estou aqui para defender os interesses da população; é claro que vou fiscalizar, vou fazer o meu papel e denunciar se for preciso, mas dizer que não faço algo porque quero um benefício que na cidade todos tem que pagar, vai contra os meus princípios", afirmou a vereadora. Outro vereador, que também não concorda, é o Marcio Kossar, mais conhecido como "Boró". Segundo ele, seu desejo é que política se discuta no palanque e na hora da eleição, porque neste momento todos precisam pensar no município e no desenvolvimento da cidade.    Um morador das Ruas que deveriam ser calçadas, revelou que na próxima sessão vai a Câmara municipal e disposto a fazer com que os vereadores trabalhem pelo povo e não contra o eleitor que já está decepcionado com a política e com tudo o que tem acontecido.

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