30/03/2015

BORRAZÓPOLIS - "Projeto do executivo gera polêmica"

POLÊMICA - Servidores praticamente convenceram vereadores que um projeto do Prefeito  para regularizar a carga horária e prejudicial a classe. Alegam ainda que o prefeito faltou com a verdade ao dizer que servidores foram consultados 


   VEJA NO VÍDEO - No link de vídeo o comentário do Radialista Berimbau e entrevistas como o Advogado Gervazio Junior e o vereador "Marcos Piva"
Na sexta-feira, 27 de março de 2015, uma reunião realizada pela Comissão  Justiça e Redação, na Câmara Municipal, reuniu praticamente todos os vereadores, faltando apenas a presidente casa, senhora Sonia Berti Luchetti. O encontro foi proposto pele vereador Marquinhos Piva (PT) que é presidente da referida comissão. Segundo ele, o evento acabou envolvendo todas as comissões para debater um projeto do prefeito Adilson Luchetti que visa supostamente regularizar a carga horária dos servidores da saúde, entre eles: enfermeiras, técnicas de enfermagem, serviços gerais e motoristas. O ponto polêmico é que o prefeito quer implantar a carga horária no regime: 12 por 36 e acabar com o sobreaviso que obriga o empregado a permanece em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso e que rende para ele um incremento de 1/3 do salário normal.  Outra questão que não há consenso é sobre a insalubridade. As enfermeiras do hospital requerem o adicional máximo de 40% sobre o salário base da profissão,  que é um direito concedido a trabalhadores que são expostos a agentes nocivos à saúde. Atualmente elas recebem apenas 20%  e ainda com base apenas no salário mínimo, o que está completamento irregular.  “O hospital não tem setores, é uma hospital geral; então ao mesmo tempo que estamos numa situação segura, somos obrigadas a atender um paciente HIV ou com outra doença contagiante, enfim, o risco é eminente e permanente”, justificaram os servidores. Sobre a carga horária, os motoristas defendem que a regularização não funcionará, pois hoje são apenas 7 motoristas e seriam necessários 16, e a prefeitura não tem mais como contratar porque a folha excederia o permitido na Lei de Responsabilidade Fiscal; isso sem contar uma irregularidade no caso dos motoristas das ambulâncias, pois se eles forem levar um paciente em Curitiba, e vencer suas doze horas, por exemplo, eles não poderão deixar este veículo naquele local, e assim retornarão para Borrazópolis  excedendo o tempo e  passando a ter o direito de horas extras, e é neste ponto que a regra seria inviável, pois as atividades nocivas à saúde (prejudiciais e insalubre) não devem, em geral, serem condicionadas aos exercícios de horas prorrogadas, em razão do extenso prejuízo que o empregado pode sofrer em sua saúde, a não ser que houvesse um estudo e autorização do Ministério do Trabalho. Os servidores também reclamaram das condições desumanas a que são submetidos, como permanecer nas duas horas de descanso no Hospital em uma espécie de sobreaviso e sem  receber nada por isso; não recebimento integral de horas extras; salário abaixo do piso: “Respeitamos cada profissão, mas uma técnica em enfermagem em Borrazópolis recebe o mesmo salário que a zeladora”, afirmaram as trabalhadoras. Também reclamam de poucos funcionários e principalmente durante à noite, onde não há  recepcionista, cozinheira e nem zeladora no Hospital: “Durante à noite , a mesma mão que aplica uma injeção é a que tem que limpar o chão; os pacientes ficam mais de dez horas sem comer, e ao invés de tratá-los, eles saem desnutridos”, disseram as servidoras que ainda afirmaram que queriam apenas serem reconhecidas e serem tratadas com dignidade e respeito, assim como realizam o suas obrigações com amor e dedicação. 
Em entrevista a Rádio Nova Era, o Advogado Dr. Gervazio Luiz de Martins Junior, da Advocacia Dr. Martins, Azeredo & Fidelis (Londrina), que representa os funcionários disse que Câmara ou o Executivo, deveria melhorar as condições de trabalho, pagar aquilo que deve e é de direito do servidor, encontrar uma forma de contratar mais trabalhadores ou remanejar, criar um plano de cargo e salários, e só depois discutir a carga horária, que neste momento, se for aprovada, fica impossível de ser aplicada. “O grande entrave é a falta de funcionários; se aprovar esse sistema 12 por 36 não vai existir motorista suficiente para as ambulâncias, porque hoje eles fazem 24 por 24 para conseguir suprir. Da mesma forma, no hospital o número de funcionários não atende a demanda. Outro detalhe, com o fim do adicionou do sobreaviso, como quer o projeto do Prefeito, esse motorista acabou sua jornada, ele pode viajar, desligar o telefone, enfim, numa emergência ele não precisará mais comparecer para o atendimento”, afirmou o Advogado Gervazio Junior. PREFEITO É DESMENTIDO – O vereador Carlão do Florisvaldo, Marcelo Pires e pelo menos mais dois que se manifestaram, afirmaram que o prefeito realizou uma reunião com o poder legislativo e afirmou que já havia conversando com os servidores, inclusive que eles recebiam as horas extras e todos os seus direitos,  e teria dito ainda que eles, os servidores, estavam de acordo com o projeto. O fato causou indignação nos funcionários, que alegam que não foram procurados e se não fosse o Vereador Rose Cerqueira ter ido no Hospital para um procedimento e ter comentado o fato, e depois o vereador Marcos Piva sugerir a audiência com os mesmos, a proposta, taxada de indecorosa, teria sido aprovada sem que eles se quer tomassem conhecimento. VEREADORES CONTRÁRIOS – Praticamente todos os vereadores deixaram claro que o projeto será reprovado, entre eles: Zezinho Professor, Marcelo Pires, Marcos Piva, Nensão, assim como também os edis de oposição. Inclusive alguns considerados de situação, como Marcos Piva, Marcelo e Zezinho, afirmaram que a câmara não tem “rabo preso” com o poder executivo e por isso não votarão medidas que prejudiquem os trabalhadores. “A reunião foi muito importante, serviu para esclarecer alguns pontos, e diante do que está sendo colocado, eu que sou do PT, Partido dos Trabalhadores, jamais votaria contra esses trabalhadores”, afirmou Marcos Piva em entrevista a Rádio Nova e que foi bastante elogiado por ser o idealizador do convite aos servidores. SONIA BERTI DECEPCIONA – A vereadora Sonia Berti Luchetti, que foi vista na cidade durante todo dia, não compareceu a sessão. Além de ser Presidente da Câmara e então cunhada do prefeito, ela é uma defensora das iniciativas do executivo. Sonia foi a única eleita que reuniu os servidores em sua casa e prometeu, na campanha eleitoral, que vencendo as eleições, lutaria pelo plano de cargos e salários e outros direitos da classe. Nossa reportagem não conseguiu falar com Sonia e na reunião, pelos menos duas servidoras chegaram a afirmar ao repórter Berimbau, que ela correu do debate, porque não tem coragem de olhar nos olhos dos funcionários. “Ela foi a que mais prometeu, e hoje assiste de camarote as injustiças que sofremos. Outro detalhe, será que Ela é o Didi vão pedir desculpas publicamente a nós, pois eles estão fazendo pior que o Beto Richa fez com os professores; porque Richa mandou um projeto para a Assembleia, mas não mentiu para os Deputados. Quem votou a seu favor sabia no que estava votando. Inclusive quando isso ocorreu, Sonia Berti ajudou a ocupar a assembleia, e agora age de forma mais rasteira que o Governador aqui em Borrazópolis... quanto incoerência...”, desabafou um funcionário. Sonia teria negado para um colega da Casa de  Leis,  que já decidiu se vota ou não a favor. 






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