21/02/2015

PARANÁ - Caminhoneiros fecharam rodovias no Vale do Ivaí

 Começou a greve dos caminhoneiros em rodovias de todo Paraná. No Vale do Ivaí a primeira rodovia a ser fechada foi a PR 466

   O apetite fiscal do governo Dilma (PT) prejudica várias categorias de trabalhadores. Exemplo disso é o que ocorre com caminhoneiros que acusam perdas com os aumentos nos preços do diesel e do pedágio. Para mostrar a sua indignação, sindicatos e motoristas se mobilizam e protestaram ontem em várias regiões do país. No Vale do Ivaí, região norte, era por volta das 17 horas de sábado, 21 de fevereiro, quando houve bloqueio total da Rodovia PR466 por tempo indeterminado. A pista foi fechada próximo ao Posto Brasília em Jardim Alegre, e no Posto Garoto em Lidianópolis. No domingo, pontos de interdição foram confirmados em Arapongas e Apucarana. Também no trevo de Manoel Ribas havia pista bloqueada.  No Paraná, a manifestação ganhou fôlego com novos bloqueios em Céu Azul, Guarapuava e Cascavel.  “Não tem jeito, decidi reforçar a mobilização dos caminhoneiros. Ninguém percebe o drama que estamos vivendo. Por isso, o único jeito é tentar parar o Brasil”, desabafou Sergio Silva, 12 anos de boleia, que decidiu parar o caminhão no fim da tarde na BR-277. Nos últimos anos, Silva viu seu lucro minguar com os crescentes gastos dos combustíveis, tarifas de pedágio e com a manutenção do caminhão. Ele afirma que se soubesse fazer outra coisa, pensaria em trocar de profissão. “Minha vida é aqui. A boleia é como a minha casa”, afirma.  “Em determinadas épocas do ano, pagamos para trabalhar. Desse jeito fica difícil”, completa Sérgio Silva. O motorista diz que o governo federal precisa ser mais sensível às grandes causas do País do que pensar menos em interesses puramente partidários e de pequenos grupos. “Até que as coisas forem desse modo, a esperança de dias melhores é pequena”.   Km rodado - O protesto dos caminhoneiros começou há uma semana na região da ponte sobre o rio Iguaçu, entre Capitão Leônidas Marques e Realeza. Nesta semana, estendeu-se a Medianeira e ontem ganhou a adesão de novos profissionais em Céu Azul, Guarapuava e Cascavel, esses últimos com bloqueios na BR-277. A tática é a mesma. Só podem seguir viagem carros de passeio, ônibus, ambulâncias e caminhões com cargas vivas. A exceção é Santo Antonio do Sudoeste, onde o bloqueio é total.   Os profissionais do volante têm como principal reivindicação a mudança na cobrança do frete. Em vez de tonelagem e carga fechada, como ocorre hoje, querem que o modelo mude para quilômetro rodado. “Com o preço dos combustíveis e do pedágio nas alturas, simplesmente estamos pagando para trabalhar”, diz um dos líderes das manifestações que ocorrem no Paraná, Idair Parizotto, de Francisco Beltrão.  Os custos são cada vez mais elevados e muitos percebem que não vale a pena correr tantos riscos, afirma o presidente do Sindicam, Jeová Pereira. Com o quilômetro rodado, a expectativa dos caminhoneiros é de minimizar os efeitos da sazonalidade e garantir mais equilíbrio financeiro à atividade. “Se não for assim, fica difícil manter o caminhão rodando em estradas mal conservadas, sem a adequada sinalização e por tantos dias distante da família”, conforme Jeová. Há protestos também em outras regiões, a exemplo do interior de Santa Catarina.

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