POLÊMICA EM BRASÍLIA

Com palavras de ordem e cantando Hino Nacional, prefeitos pedem audiência com presidente da Câmara

Reunidos no auditório Petrônio Portela, centenas de prefeitos votaram e resolveram se levantar a fim de buscar uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. Os gestores também solicitaram uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros.  Logo na entrada do Salão Verde, os seguranças da Casa não queriam permitir a entrada dos gestores e fizeram uma barreira. A chefia da segurança articulou com o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a entrada de apenas 20 prefeitos, mas o grupo não aceitou e começou a cantar o Hino Nacional. Gritando palavras de ordem como “Somos representantes do povo”, “Não vamos recuar” e “Recebam os prefeitos”, o grupo entrou no salão, mesmo sem a permissão dos seguranças.  Ainda no Salão Verde e gritando “Salvem os Municípios”, Ziulkoski esclareceu à imprensa acerca da indignação dos prefeitos e o porquê de o grupo ter avançado o salão. "O ato representou a inconformidade dos gestores diante da atual situação", destacou o presidente da Confederação.  Após a coletiva, a assessoria do presidente da Câmara informou que o parlamentar está em reunião com quatro ministros em seu gabinete. E afirmou que, acabada a reunião, Henrique Alves vai receber uma comitiva da CNM.  Novamente, Ziulkoski colocou em votação junto aos prefeitos presentes o próximo passo a ser dado pelo grupo e eles decidiram aguardar no auditório Nereu Ramos para falar com Henrique Alves. O presidente da CNM informou aos presentes que a solicitação pela entidade foi de que o deputado se dirigisse ao auditório a fim de falar a todos os prefeitos.   ATENDIDOS-
Mais tarde, o Site da CNM informou que o  presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), prometeu agilizar a tramitação da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 39/13, que aumenta em 2% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Alves entrará em contato com presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Vital do Rêgo (PMDB/PB), para pedir que ele vote a admissibilidade da PEC logo na reunião de amanhã, 11 de dezembro. Com a admissibilidade, Henrique Eduardo Alves, se comprometeu a criar no mesmo dia a Comissão Especial que avaliará a matéria. “Sei o drama que vocês estão vivendo. Mais não é hora de emoção é hora de informação, estou pronto para criar a Comissão Especial, isso só depende da CCJ, vou ligar agora para o presidente”, garante. Alves explicou ainda que a Comissão precisa de quarenta sessões para discutir a PEC, mais que ele pedirá a redução para apenas 10 sessões, que é o mínimo exigido pelo regimento. “Vou articular com líderes para eles aprovarem a admissibilidade”, afirma.