Policiais passaram a noite tentando dar fim a rebelião do minipresídio de Ivaiporã. Além de um agente ferido, outro foi mantido refém e dezoito presos fugiram
Imagem do agente penitenciário refém sendo liberado, indicando o fim da Rebelião
|
Imagens feitas no início da rebelião e na madrugada, revelam policiais vigiando o minipresídio |
|
Imagens dos Policias durante a noite ao entorno da Delegacia |
Por volta das 10 horas da manhã de domingo, 03 de novembro, foi anunciada a liberação de um agente, mantido como refém, e o fim da rebelião que amanheceu o dia sem uma solução no minipresídio de Ivaiporã. "O que dificultou a negociação, foi que os presos de Ivaiporã não tinham poder de negociação, quem estava negociando, eram presos da Capital do Estado que pertencem a uma facção criminosa, e por isso a demora", disse por telefone a Rádio Nova Era, o Delegado Dr. José Aparecido Jacovoz, de Apucarana, que também elogiou o trabalho realizado pelo Delegado Dr. Gustavo Dante da Silva. O motim começou na tarde do feriado de finados após a fuga 23 presos. Tudo se iniciou quando os rebelados dominaram o agente penitenciário Maurício dos Anjos e passaram a ocupar a área administrativa da cadeia onde se apossaram de armas, e feriram com um tiro no quadril o carcereiro que chegava para o trabalho: Fábio Dantas. Dezoito presos conseguiram fugir, e os dois primeiros foram recapturados: Alexandre dos Santos Souza, 21 anos, (Artigo 155) e Fábio Batista de Oliveira (Artigo 177). Em seguida a situação ficou tensa. Policiais Militares, entre eles a Rotam, e Policiais Civis cercaram a cadeia, mas ficaram impedidos de invadir, porque colocariam em risco a vida do agente mantido refém. Além de dezenas de policiais da região, e principalmente da 6ª Cia de Ivaiporã, mais de 80 homens chegaram na madrugada do Batalhão de Choque e do Bope, de Londrina e Curitiba. O Promotor Cleverson Leonardo Tozatte, da comarca de Ivaiporã, que acompanhava ainda pela manhã as negociações, disse que o entrave era a liberação do refém, e tão logo isso ocorresse, os policiais entrariam no presídio para fazer a contagem e debelar o motim, fato que foi possível somente por volta das 1o horas da manhã. O delegado, Dr. Gustavo Dante da Silva, ficou durante toda noite também em busca de uma solução. No interior do minipresídio foram ouvidos vários tiros disparados pelos rebelados. Autoridades locais acreditam que o episódio seja a gota d´água para que o governo se sensibilize e ao mesmo tempo todos cobrem os investimentos necessários para que Ivaiporã tenha um presídio e não um "barril de pólvora" que pode "explodir" a qualquer momento.
INSEGURANÇA - O minipresídio de Ivaiporã, é um problema antigo, pois praticamente todos os Delegados que passaram pela delegacia, tiveram surpresas desagradáveis. Sempre superlotado, e na maioria das vezes, com o dobro de sua capacidade e pouco efetivo para cuidar de tanta gente, as fugas, rebeliões e outros transtornos, se tornaram comuns. Antes do motim deste dia 02 de novembro, de 2013, a cadeia com capacidade para 40 presos, acomodava mais de 100. Conseg, OAB, prefeito, vereadores e o poder judiciário, tem feito ações para tentar resolver a questão, mas pelo jeito, a solução está longe de chegar. No Governo Pessuti, foi feito o anúncio da construção da Nova Delegacia, algo que animou autoridades da região, mas com a entrada do novo governador, tudo foi anulado com a promessa de um novo projeto, mas por enquanto, de novo, apenas rebeliões e fugas.
foi um dia e tanto
ResponderExcluirquem bom que estão sendo apurados as buscas desses detentos pois nossas casas estão em perigos por eles estarem foragidos....
ResponderExcluir