06/11/2013

BEM FEITO NO PARANÁ: Coamo é destaque na Gazeta

A Coamo, fundada em 1970, em Campo Mourão, é a maior organização formada por e para produtores rurais na AL. Apesar de seguir uma tendência de industrialização, aposta mesmo é na força das commodities
Soja é ouro para a Coamo. A commodity agrícola, um dos motores da economia brasileira, é também a principal fonte de renda dessa gigante paranaense, que tem o título de maior cooperativa agroindustrial da América Latina. Há quem diga que é a maior do mundo. A oleaginosa representa cerca de 40% dos negócios da empresa, que neste ano deve colocar no caixa mais de R$ 8 bilhões. O faturamento é 12% maior que a estimativa de orçamento de Curitiba para 2014 e 30 vezes mais alto que o Valor Bruto da Produção (VBP) de Campo Mourão (Centro-Oeste do estado), onde está sediada. Sozinha, deve contribuir com 18% do faturamento do sistema cooperativista do Paraná, que tem a meta de alcançar R$ 45 bilhões em 2013.   A cooperativa segue a tendência de industrialização de grãos e aposta alto nisso, mas o seu foco ainda está no mercado internacional. Os negócios fechados com estrangeiros representam 33% de toda a arrecadação financeira, com a China como principal destino.  O brasileiro, no entanto, também é um importante cliente da Coamo. É para esse mercado que são destinados óleo bruto e refinado de soja, margarina, creme vegetal, gorduras, farinhas e café. Somente da fábrica de Campo Mourão saem 192 milhões de garrafas de óleo de soja refinado por ano, quase uma por habitante no Brasil.   Inteligência   -  

 Os números da Coamo são resultado de uma estratégia agressiva de trabalho. Tão agressiva que ultrapassa as fronteiras do Paraná. As lavouras e unidades da cooperativa são vistas em estados vizinhos de Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. “Na maioria dos municípios em que atuamos somos o principal motor da economia local”, afirma José Aroldo Gallassini, o cérebro da Coamo. Um homem de poucas palavras e muita experiência na bagagem. Foi o idealizador do negócio que comanda há 38 anos.   Em sua sala na cooperativa, exibe mais de dez títulos de menção honrosa emitidos pela prefeitura de Campo Mourão e uma foto em que aparece ao lado do velho Jipe que o levou até lá na década de 1960. “As terras aqui eram fracas e muito baratas. O pessoal começou a comprar terra e abrir. Com um salário baixo da época dava pra comprar 6 alqueires por mês”, recorda.  O nascimento da Coamo está ligado ao fim do ciclo da madeira no Centro-Oeste do estado, no final da década de 1960. Os solos ácidos da região desafiavam a pesquisa. Enquanto isso, a soja ganhava terreno a partir do Sul do país. “Vim para cá como funcionário da extinta Acarpa e atual Emater para fazer um levantamento de campo. Criamos um grupo de discussão, de técnicos, e decidimos criar a cooperativa, num terreno cedido pela prefeitura”, conta Gallassini. Os primeiros testes de plantio foram com o trigo. Após superar uma fase crítica, de erosões no solo, com o plantio direto na palha, a região passou a apostar na soja. Hoje, a produção total de grãos da cooperativa soma 6,3 milhões de toneladas, 17% da safra paranaense de grãos prevista para o ciclo 2013/14 e mais de 3% da colheita brasileira.  Frota própria para driblar logística  -  Com uma movimentação anual equivalente à produção de grãos de Santa Catarina, a Coamo aposta não somente em estratégias de proteção às oscilações de preços das commodities agrícolas, como também na entrega de produtos. “Movimentamos 3,2 milhões de toneladas em contratos de hedge [que visam garantir o preço futuro de um produto] na Bolsa de Chicago através da Coamo Internacional”, revela o presidente da empresa, José Aroldo Gallassini. Além da proteção de parte da colheita, a cooperativa paranaense mantém um quadro efetivo de 600 motoristas de caminhões, que trabalham principalmente para transportar produtos das usinas até os pontos de consumo. Durante o pico da safra, a empresa chega a enviar mais de mil carretas para o porto de Paranaguá, porta de saída dos grãos para o mercado internacional e onde está seu terminal e uma indústria de soja. Por causa das longas filas de espera no porto paranaense, a cooperativa tem usado também o porto de Rio Grande (RS). Os 700 quilômetros a mais têm sido compensados, segundo Gallassini, pelos preços pagos pelos importadores.

ACESSE OS LINK´S para ver a reportagem impressa e em vídeo sobre a COAMO.



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