Surpreendente- APUCARANA: "Duplo suicídio"

Jovens que confessaram o assassinato  de uma moça grávida, são encontrados mortos na cadeia 

Fabiano e José Andriano

A notícia de que os dois homens acusados de matar e colocar fogo no corpo de uma grávida na última semana foram encontrados mortos na manhã desta quinta-feira (19), em Apucarana, chamou atenção da imprensa de todo Paraná. O caso é marcado por tragédias e revelações surpreendentes. A Primeira foi a morte da jovem de apenas 17 anos, de Jandaia do Sul, grávida de oito meses, encontrada com uma perna amputada e carbonizada entre Rio Bom e Apucarana, depois a descoberta que o assassino seria uma ex-namorado dela, que não queria que a criança nascesse porque havia reatado o seu casamento (desfeito antes do namoro). E por fim, as últimas noticiais  que foram divulgadas nesta quinta-feira, onde o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, José Aparecido Jacovós, confirmou que a dupla: o ex namorado e o seu colega, acusados de matar a jovem, e que dividiam uma cela separada dos outros detentos em um anexo da delegacia, foram encontrados mortos com um lençol envolto ao pescoço.
Para a polícia, os dois cometeram suicídio. "Eles foram vistos pela última vez no final da tarde de quarta (18), pelo policial que faz a entrega da comida. Nesta manhã quando outro agente foi verificar as celas encontrou os dois enforcados", explicou Jacovós.  José Adriano,  era casado e ao conceder uma entrevista a repórter Silvia Vilarinho, de Apucarana, disse que estava arrependido e não sabia como encarar a esposa e suas duas filhas, que são menores. Ele contou que matou a jovem, depois pensou em enterrar, em jogar no Rio, mas decidiu jogar combustível e atear fogo. Ele também chorou durante a entrevista. A perícia que foi ao local, disse que tudo indica ser uma suicídio, inclusive a Polícia está convencida e não tem dúvidas que ambos fizeram um pacto de morte,  mas  um familiar de Fabiano, que falou por telefone a Rádio Nova Era, disse jamais acreditar que ele tenha tido a coragem de tirar a vida, e ainda mais nas condições que o fato ocorreu, ou seja, duas pessoas tomaram a mesma decisão ao mesmo tempo. O local onde os corpos foram encontrados tem câmeras de segurança, por isso a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná informou que uma sindicância deve ser aberta pela delegacia para averiguar a situação. José Adriano Silva Neto, de 23 anos e Fabiano Lino, de 22, foram presos na segunda-feira (16) e desde então ocupavam a área onde foram encontrados mortos. Segundo a polícia, eles confessaram ter assassinado Ana Paula Alves, de 17 anos. A jovem foi estrangulada, espancada e teve o corpo carbonizado pela dupla. Ela estava grávida de oito meses de um menino quando foi morta. José Adriano seria o pai do bebê e havia pedido para a jovem abortar a criança. Diante da negativa da moça, ele planejou o assassinato. Fabiano teria acompanhado o conhecido na ação.