24/09/2013

Polêmica – JARDIM ALEGRE: “Frustrado encontro com invasores”

Supostos “Sem Teto” que invadiram terreno em Jardim Alegre não compareceram para negociar e poderão sofrer uma ação de despejo
NO VÍDEO- Em breve entrevistas e a matéria completa 
A estratégia de não comparecer para uma reunião convocada pela Prefeita Neuza Pessuti e até mesmo pelos supostos líderes de um grupo formado por famílias e denominado “AMONARJA”- Associação de Moradores Nossa Senhora do Rocio de Jardim Alegre, foi interpretado por autoridades e até mesmo pela COHAPAR, como um movimento com ideologias que obedecem apenas a um cunho político oposicionista e que talvez esteja somente querendo promover um desgaste ao poder público, do que realmente resolver uma questão social que é o déficit habitacional. “A associação com fito de organizar ainda melhor a condição dos seus integrantes cidadãos jardim alegrenses, tem interesse em se reunir com a administração pública, na pessoa da Senhora Prefeita, para juntos tentarmos um solução ao ajustamento de moradias dos munícipes mais carentes desta cidade. Nesse diapasão é de nosso interesse em agendar com Vossa Senhoria uma reunião tendo como pauta: Casas Populares”.
O texto é um trecho de um ofício enviado pelos invasores de um terreno de cerca de dois alqueires, alegando irregularidades na inscrição para selecionar famílias para programa habitacionais e demora para execução dos projetos. Mais na segunda-feira, às 16 horas, atendendo o pedido de ocupantes da área, a prefeita Neuza Pessuti, enviou um ofício para os manifestantes confirmando a reunião com a presença da imprensa, do gerente Regional da COHAPAR: Sérgio do Cristima, de Apucarana, e representantes da Caixa Econômica Federal, de Ivaiporã. Estranhamente, pouco antes do encontro, os manifestantes informaram que não iriam comparecem na reunião. Ao vivo pela Rádio Nova Era, o Repórter Ronaldo Alves Senes, o “Berimbau”, insistiu para que o grupo formasse uma comissão e comparecesse, pois caso contrário evidenciariam o desejo de apenas causar transtornos e não o de reivindicar uma causa justa. “É difícil entender, pois em todos os protestos, o desejo é sempre o mesmo, ou seja, uma comissão quer ser atendida pelo poder público para apresentar uma pauta e dentro dela, expor as condições e os objetivos para que o tal manifesto se justifique. Agora em Jardim Alegre, há um movimento que não quer negociar, quer apenas acampar e usar os holofotes da imprensa da região para promover ataques a prefeita”, disse o Radialista Berimbau. O Gerente Regional da COHAPAR de Apucarana, também não entendeu a estratégia, e disse estranhar, pois no município já foram feitos alguns cadastramentos e cerca de 470 pessoas se inscreveram, e não há exclusão, pelo contrário, todos passam por um rigoroso padrão de seleção para que não só as famílias que necessitam, mas também aquelas que se enquadram, sejam beneficiadas, o que deve acontecer no decorrer desta gestão. Ainda segundo ele, da área invadida, há um espaço já preparado  para construir 34 casas, onde os contratos já foram assinados, as famílias já tem uma prestação programada, e por tanto o local não pertence a Prefeitura e nem a Conhapar, mas sim a estas pessoas. Diante do impasse, e do não comparecimento da Comissão formada pelos líderes da associação “AMONARJA”, os participantes da reunião decidiram criar uma comissão, que vai provocar o Ministério Público para que providências sejam tomadas. “Eu sou a favor do diálogo, e estou aqui conversar e juntos resolver os problemas, até porque o município não é meu, mas sim de todos que aqui residem”, disse a prefeita. O Capitão Boing, subcomandante da 6ª Cia, de Ivaiporã, que participou da reunião, informou que nas primeiras 24 horas, a Polícia Militar, tentou fazer a reintegração de posse imediata, e que isso só não ocorreu porque houve um oficio da prefeita relatando que havia uma mesa de negociação já pré agendada com os ocupantes do local para resolver pacificamente. “Como passou o prazo do flagrante, agora a Polícia Militar só poder agir se houver uma ordem judicial para reintegração”, afirmou o Policial. Em entrevista a Rádio Nova Era,  nesta terça-feira, 24 de setembro, um líder do movimento Carlos Antonio, o "Gaúcho", disse que as famílias não conseguiram falar com a prefeita e que muitas já fizeram inscrição e estão há sete, oito anos esperando um casas, mas  as promessas não são cumpridas. Ele também afirmou que não recebeu o convite especial e por isso não compareceu. Segundo a Prefeita, é impossível resolver os problemas de habitação que são históricos em apenas oito meses de governo, e que a prova que a administração não se mantém na inércia, são as mais de 180 casas já asseguradas, sendo: 34 moradias já prontas para execução da obra, 10 unidades no conjunto Pachuski, 72 aguardando formar o grupo, e todas para famílias com renda de até R$1.600,00. Ainda 30 moradias pelo sub 50, destinados a moradores de baixa renda, e 35 moradias rurais. Isso sem contar outros programas que já estão sendo viabilizados e serão realidade em seus quatro anos de governo.
ENTENDA O CASO- Na sexta-feira, 20 de setembro, famílias que se intitulam como "Sem Teto", decidiram cerca de dois alqueires, que é parte de uma área da Prefeitura Municipal, de Jardim Alegre, e que fica no perímetro urbano, na saída para Ivaiporã, enfrente a empresa Courama. Segundo um dos invasores, a ocupação é uma forma de protesto, e ao mesmo tempo uma necessidade, porque são famílias que sonham com a casa própria, e até agora não tiveram acesso a programas habitacionais. Ainda segundo ele, desde a administração do Padre José Martins, houve promessa de moradias, mas apenas trinta foram construídas, e na gestão atual, há dificuldades em dialogar com a Prefeita Neuza. No terreno foram construídos barracos de lona, e segundo organizadores, mais de 200 famílias montaram acampamento, número não confirmado pelas autoridades locais.

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