30/01/2013

Destaque MANOEL RIBAS: “Ex-cacique consegue liberdade”


O ex-vereador e ex-cacique de Manoel Ribas Dirceu Retanh Pereira Santiago conseguiu liberdade, ele é acusado de alguns crimes, mas nega os fatos
O ex-vereador e ex-cacique de Manoel Ribas - Dirceu Retanh Pereira Santiago, conseguiu a liberdade provisória. Ele estava preso acusado de irregularidades a frente da Aldeia Ivaí, inclusive uma das acusações era a de arrendar terras da reserva para agricultores. Santiago nega o crime. As informações de que o índio conseguiu a liberdade foi confirmada pelo escritório do seu advogado, o Dr. MAURILIO VIANA PEREIRA. Segundo a nota, a Doutora Fernanda Bohn, Juíza Federal substituta da vara federal de Guarapuava, determinou que o Delegado de Polícia Estadual ou Federal, acate o Alvará de Soltura apresentado, com as formalidades legais. “O índio atualmente recolhido na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR, em decorrência da prisão preventiva decretada pela prática, em tese, do crime tipificado no art. 2º da Lei nº 8.176/1991, tendo em vista a concessão de habeas corpus pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região nos autos nº 5021521-44.2012.404.0000/PR, deve ser colocado em liberdade” Diz a nota.
ENTENDA O CASO: O cacique Dirceu Retanh Pereira Santiago, que foi vereador do município de Manoel Ribas, foi preso em 13 de dezembro de 2012, na Operação Forte Apache 2, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Ele foi detido em Mangueirinha, onde era realizada uma reunião para eleger o presidente do Conselho dos Caciques Indígenas da Região de Guarapuava. Santiago é acusado de uma série de crimes, principalmente de arrendar terras indígenas a pequenos agricultores da região. “O acusado está enriquecendo ilicitamente com a prática”, definiu o delegado da PF, Maurício Todeschini, que liderou a operação. Segundo as investigações, as terras vinham sendo arrendadas ilegalmente desde 2005. As transações ocorriam por intermédio de duas associações indígenas, uma das quais já está extinta. O delegado aponta que Santiago recebia o dinheiro dos agricultores, mas não repassava às associações ou às reservas. Ingerência - O vereador também é acusado de crimes de ameaça, constrangimento ilegal, corrupção, apropriação indébita, bando armado, posse e porte ilegal de armas de fogo e crime ambiental. De acordo com o delegado, Santiago exercia plena ingerência em diversos grupos indígenas da região. Para manter seu poderio sobre as reservas, ele destituía caciques que não eram alinhados com o esquema e nomeava índios de sua confiança para comandar as reservas, segundo a PF. As investigações apontam que há indícios de que o grupo de Santiago seja responsável pelo assassinato de dois índios, em abril deste ano, na Reserva Indígena de Ortigueira. Na ocasião, vários indígenas ficaram feridos, em um episódio em que foram registrados incêndios e que terminou com a expulsão do cacique local. Dirceu, nega todas estas acusações e diz ser vítima de uma armação.

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