SUSPENSA A GREVE DOS CAMINHONEIROS-

Greve dos caminhoneiros dá uma pausa após acordo com o governo

Imagem da fila que o protesto provocou em Apucarana/  Foto  Marcio do Apukaonline

A greve dos caminhoneiros foi suspensa nesta terça-feira, (31) após negociação entre governo federal e representantes da categoria, entre eles o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho. Foi uma longa, tensa e difícil negociação entre o governo e os representantes de caminhoneiros parados. Durante mais de cinco horas, foi costurado um acordo e os caminhoneiros se comprometeram a liberar as estradas imediatamente. O fim foi do bloqueio foi a condição do governo para negociar. Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, o primeiro ponto do acordo foi a constituição de mesa de negociações, que começará no dia 8 de agosto, com prazo de 30 dias para discutir e dar encaminhamento às reivindicações da categoria. Passos destacou que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fará nos próximos 30 dias fiscalização educativa sobre a Lei 12.619/2012 que regulamenta o descanso de 11 horas entre duas jornadas e a parada de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas. O objetivo é dar mais tempo para que os caminhoneiros se acostumem com as novas regras. O ministro deixou claro que a nova lei não será revogada. Para o presidente do MUBC, a solução para o impasse pode ser a separação das jornadas – de curta e longa duração – e adequação do descanso à carga horária. Para Nélio Botelho, no formato atual, não se permite que o caminhoneiro cumpra a determinação e por isso a lei saiu defeituosa. O ministro Paulo Passos anunciou que o governo federal vai estender às empresas com frota acima de quatro veículos o pagamento eletrônico de frete (PEF). Anteriormente, a taxa era cobrada apenas aos caminhoneiros autônomos e às empresas com até três veículos. De acordo com ministro, a categoria questionou o “tratamento diferenciado das outras empresas e a falta de igualdade”. Também foi definida na reunião a suspensão da emissão de novos cadastros no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTC), o tema está na pauta de negociações entre a categoria e o governo federal. Na prática, a norma ampliava a variedade de condutores que poderiam atuar na função, o que de acordo com entidades de caminhoneiros, aumentou em 600 mil o número de transportadores e teria elevado a oferta e diminuído o valor do frete.  (Rádio Nova Era/ Agência Brasil e JN)