17/08/2012

MENSALÃO- JULGAMENTO -


Relator vota pela condenação de João Paulo Cunha e Marcos Valério
Na sessão desta quinta-feira (16), o relator do processo do mensalão votou pela condenação do ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, e de Marcos Valério. Do lado de fora do Supremo, manifestantes bem humorados dançaram uma quadrilha para chamar a atenção dos ministros que julgam os réus do mensalão. Joaquim Barbosa começou a ler o voto de 1,2 mil páginas pelo item que chamou de mais complicado: a acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, e de corrupção ativa e peculato contra Marcos Valério e seus sócios. De pé, por causa das dores nos quadris, o relator lembrou que a esposa de João Paulo Cunha sacou R$ 50 mil no Banco Rural, e, logo depois, a SMP&B, agência de Marcos Valério, foi contratada pela Câmara dos Deputados. Mostrou que João Paulo Cunha teve muitos encontros com Marcos Valério e que sabia do interesse dele em firmar contratos com órgãos públicos federais. O relator procurou desqualificar a explicação do ex-deputado para o recebimento dos R$ 50 mil. Na época, João Paulo Cunha disse que o dinheiro foi enviado pelo PT para despesas da pré-campanha municipal, em Osasco. Ao concluir a primeira etapa de análise da acusação contra os réus, Joaquim Barbosa votou pela condenação deles. Na segunda parte da leitura, Joaquim Barbosa afirmou que João Paulo Cunha também cometeu crime de lavagem de dinheiro. A mulher dele recebeu, no Banco Rural, R$ 50 mil do esquema. Segundo o relator, João Paulo Cunha se beneficiou de um sofisticado mecanismo para ocultar o verdadeiro sacador, que, oficialmente, aparecia como sendo a agência SMP&B, de Marcos Valério. O relator votou também pela condenação de João Paulo Cunha, de Marcos Valério e seus sócios por peculato, ou seja, desvios de recursos públicos dos contratos entre a Câmara dos Deputados e a SMP&B. O desvio aconteceu, segundo Barbosa, por meio de subcontratações de outras empresas e de serviços que nada tinham a ver com o contrato, além do pagamento de uma assessoria de imprensa para prestar serviço pessoal a João Paulo Cunha.

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