24/07/2012

GRAVE DOS CAMINHONEIROS- “Interesse de grandes transportadoras”

Alguns motoristas autônomos revelam que a greve prejudica os pequenos e é de interesse das grandes transportadoras do Brasil 
OUÇA ENTREVISTAS- Link de vídeo a esquerda
Motoristas comentaram sobre a greve dos Caminhoneiros que vai ser realizada em todo Brasil a partir desta quarta-feira, mas há divergências sobre a quem interessa esse movimento. Em entrevista a Rádio Nova Era/ Vale do Ivaí, o carreteiro Ceruti, morador de Borrazópolis, criticou a greve. “Todos os sindicados dos autônomos são contra porquê só vem beneficiar as cinco maiores transportadores, elas são contra a jornada de trabalho e o pagamento fixo. Isso não nós beneficia em nada” Afirmou o motorista. Ele revelou que o prejuízo para o pequeno e na hora de carregar, onde as empresas querem apenas pessoa jurídica e também o pagamento com cartão que trouxe prejuízos. Nossa reportagem também falou com o senhor Dela Rosa, Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos, de Londrina, ele disse que não acredita que a greve aconteça de verdade e que isso não é greve e sim um golpe. (OUÇA ENTREVISTA NO LINK DE VÍDEO). Em matéria publicada pelo site blogdocaminhoneiro.com, a reportagem ouviu o motorista autônomo de Maringá (PR), Clodonaldo Sérgio Fávaro, de 37 anos, que responde com firmeza: “Não vou parar”. Para ele, a greve não é dos motoristas, mas das “grandes” empresas. “Sempre paguei meus impostos. As empresas que paguem os delas”, afirma. De acordo com Fávaro, que tem um bitrem graneleiro, o frete melhorou nas últimas semanas devido à safra de milho, mas também em virtude da lei 12.169, que regulamenta a profissão e motorista, obrigando a categoria a descansar meia hora a cada quatro horas ao volante e 11horas ininterruptas entre dois dias de trabalho. “Obrigando o caminhoneiro a parar para descansar, começou a faltar caminhão e o frete subiu”, acredita ele que também apoia o fim da carta-frete. As principais reivindicações do MUBC estão relacionadas a essas duas questões. Com a greve, o movimento pretende exigir da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a revogação da resolução 3.658, que sepultou a carta-frete e estabeleceu o pagamento dos autônomos por meio de empresas administradoras de cartão magnético, como Repom e Pamcary. Alegando falta de estacionamento para os caminhoneiros descansarem nas estradas, o MUBC também defende que os efeitos da 12.169 sejam prorrogados por mais um ano. De acordo com as entidades, quem mais perde com a lei 12.169 e a resolução 3.658 são as transportadoras. Por causa da lei, elas terão de contratar mais motoristas empregados ou agregados. Já, em decorrência da resolução, passam a ter uma despesa a mais pelos serviços das administradoras de cartão. E ainda têm de declarar todos os fretes que subcontratam de terceiros, afastando qualquer possibilidade de sonegação fiscal.

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