Polêmica em RIO BOM – “Supostos desvios de recursos da APAE”

Investigação de denúncia que afastou do cargo

 Diretor e Secretária da APAE, concluiu que recursos foram desviados e acusados estão com bens indisponíveis

  "O Advogado de Apucarana Laércio Luz, que defende os acusados, falou a nossa reportagem e negou  que eles tenham cometido qualquer irregularidade"

Na semana passada a advogada Juliana Grade Ferracini, de Apucarana, que foi contratada para prestar assistência jurídica para a Apae de Rio Bom, esteve na instituição para fazer um comunicado a toda diretoria sobre algumas polêmicas que em 2011 provocaram o afastamento do até então diretor da Escola Francisco Donizete Correia, de sua filha que era funcionária e trabalhava como secretária do mesmo; “Chiquinho” como era conhecido, é genro do ex-presidente que comandou a APAE por seis anos, senhor Jordão de Freitas. Eles são acusados de fazer uma manobra para que familiares e pessoas ligadas a Freitas continuassem comandando o financeiro da escola, mesmo depois que o ex-presidente não estivesse mais no cargo. Rozenda  foi eleita a nova Presidente, e estranhou quando notou que estava faltando dinheiro até para pagamento do salário dos funcionários. Segundo ela, “Chiquinho” é que cuidava desta parte, e entregava a ela os cheques prontos, apenas para serem assinados. Diante da suspeita, ela denunciou o caso na Federação e no Núcleo Regional de Educação de Apucarana. Depois de muita investigação, intervenções na APAE e de ações que já estão na Justiça, o caso está sendo concluído. Ao falar com a Diretoria na quinta-feira, 14 de junho, a Advogada Dra. Juliana Grade Ferracini, esclareceu que os bens do ex-diretor e presidente foram indisponibilizados pela Justiça para garantir o ressarcimento do que supostamente foi desviado da instituição, caso fique comprovada a irregularidade. Pelo levantamento apresentado, desapareceram do caixa, R$10.000,00 (Dez Mil) referente a venda de um terreno; R$4.000,00, (Quatro mil) que eram recursos pagos por membros que estavam em atraso e foram feitos para que eles pudessem ter direito de votar, e ainda R$7.300,00 (Sete mil e trezentos) da contabilidade oficial, totalizando mais de R$21.000,00. Rozenda foi mantida como Presidente, e a APAE ainda continua ainda sofrendo algumas intervenções. Foram apresentados também alguns documentos que seriam provas evidentes de que o dinheiro era sacado da conta e desaparecia. Nossa reportagem conseguiu falar por telefone com o ex-diretor “Chiquinho” e ele voltou a negar os desvios: “Eles dizem que eu tirei o dinheiro, mas quero ver eles provarem” afirmou ele. Também revelou que colocou tudo nas mãos de seu advogado e que acredita que ao final será inocentado. Com o ex-presidente Jordão de Freitas, nossa reportagem não conseguiu contato. Já a atual presidente Rozenda, não quis gravar entrevista, disse apenas que tudo está sendo colocado em pratos limpos, e que ela se sente aliviada depois de tudo o que já foi revelado. Ela também disse que audiências públicas serão realizadas, mas que o fato do Juiz já ter tornado indisponível os bens dos acusados, é um indicativo de que ele agiu corretamente ao pedir uma investigação. A federação das APAEs decidiu manter Rozenda como presidente, com alegaçao de que ela realiza um  trabalho sério e transparente, inclusive tendo coragem de fazer a denúncia  que revelou todos estes fatos. Até o final do processo, outros detalhes ainda serão divulgados. Nossa reportagem conseguiu falar com o Advogado Laércio Luz, de Apucarana, ele nega que seus clientes (Chiquinho e Jordão) tenham cometido qualquer irregularidade, e diz que tudo não passa de uma espécie de armação para prejudicar pessoas idôneas e que prestaram um grande trabalho ouça a matéria completa e a entrevista com o advogado no link de vídeo.

OUÇA AQUI - Matéria completa e a fala do advogado dos acusados