28/05/2012

HIDRELÉTRICAS NO RIO IVAÍ- "Polêmicas e incertezas”

Promotor, ambientalistas e entidades como a Pastoral da Terra fizeram uma reunião em São Pedro do Ivaí para conscientizar a região que as Usinas são o mau negócio para o Paraná
Essa é uma obra  no Rio Paraibuna, entre Lavy Gasparian - RJ e Simão Pereira - MG; construída pela mesma empresa (SETA- Engenharia) que  faz estudos na região Vale do Ivaí
MODELO de uma obra em construção


A possibilidade de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aproveitar o potencial hidrelétrico do Rio Ivaí em um futuro próximo para gerar energia para outros estados brasileiros causa indignação e revolta entre aqueles que possuem um conhecimento aprofundado sobre o tema. As barragens devem ser construídas entre Rio Branco do Ivaí até a região de São Pedro do Ivaí e Fênix. Por este motivo, no sábado, 26 de maio, de 2012, o sindicato Patronal de São Pedro do Ivaí, convidou Prefeitos, alguns Vereadores, Agricultores e demais lideranças para uma encontro que contou com a participação do Promotor Robertson Fonseca de Azevedo, de Maringá, professores da UEL, uma representante da Pastoral da Terra e ambientalistas.
Documento inicial que revela a realização dos Estudos
Todos se posicionaram contra a construção das usinas. Os Principais argumentos são de que os danos ambientas vão causar um impacto muito forte na região, e que ao contrário do que se imagina, as usinas não provocam desenvolvimento e nem benefícios como geração de empregos e renda, mas sim transtornos e prejuízos. “Nós estamos carentes de informação, não sabemos o que vai acontecer e isso gera uma insegurança muito grande. Veja bem que o consórcio que representa um grupo de empresas chega de repente com informações e estudos que eles fizeram. Até quando tudo isso é verídico. Eu defendo inclusive que a AMUVI por intermédio dos municípios que serão atingidos, faça um estudo próprio para que possamos contestar ou ate mesmo concordar com tudo que vem sendo dito” Disse a Prefeita de São Pedro do Ivaí – Regina Magri, que falou com a reportagem da Rádio Nova Era, e participou do evento.  
Dorival Caetane - Vereador em Lidianópolis
“O que nos assusta é que toda essa riqueza que o Rio Ivaí possui, pode ser perdida, imagine que as barragens vão impedir a piracema, prejudicar a reprodução dos peixes, justo no Rio Ivaí que hoje é considerado uma fonte de alevinos para outros Rios de todo Paraná” Disse Dorival Caetano, Presidente da Câmara de Vereadores de Lidianópolis, que também participou do evento juntamente com Marildo Oliveira, que é integrante da Associação de Pescadores do Porto Ubá. Em 2008, numa matéria divulgada pelo Jornal “O Diário”, de Maringá, a então vice-presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputada estadual Rosane Ferreira (PV) e o diretor na América Latina da organização não-governamental (ONG) International Rivers (www.internationalrivers.org), Glenn Switkes, que atua na área de proteção dos rios e defesa dos direitos das comunidades ribeirinhas, falaram sobre o tema. Na época Rosane Ferreira disse que lamenta muito a possível utilização do Rio Ivaí para a geração de energia elétrica. E por um motivo: "temos energia suficiente no Paraná". Rosane afirma que o território paranaense já foi muito sacrificado por causa da construção de hidrelétricas. "Não precisamos destruir ainda mais nosso meio ambiente para isto. E ainda não usamos fontes alternativas como a energia solar e a eólica", alegou. A opção por mais usinas hidrelétricas, segundo Rosane, "é uma imposição do poderio econômico, que conquista o apoio da população com a promessa de empregos durante a construção das barragens". Nossa reportagem falou com Rafael Teixeira, funcionário da empresa SETA – Engenharia, de Minas Gerais, ele não confirmou que já há autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica, mas disse que tudo estava praticamente pronto e que essa informação só poderia ser dada pelo Diretor da Empresa. Falamos com o Diretor e ele pediu algumas horas para confirmar, e mesmo depois de uma semana, nossa reportagem não recebeu o retorno conforme prometido. Para especialistas, a construção das USINAS será inevitável, mas isso ainda demora um bom tempo e demanda de muitos outros estudos.
OUÇA AQUI - Comentário do Berimbau e uma entrevista  sobre o tema

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