Afastamento em MANOEL RIBAS – "Contratação irregular de médicos"

Prefeito e servidores são afastados 

em decisões liminares que foram concedidas em três ações  propostas pelo MP  e que apontam suposto prejuízo de quase seis milhões

Vice Pedro Estevão é empossado na Câmara Municipal

Promotor Ricardo Basso, em entrevista ao Radialista Ronaldo S. "Berimbau"

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O prefeito Valentim Darcin - PMDB, o tesoureiro José Vilson Stanguer, e o controlador interno do Município Alberto Jean Santineli, de Manoel Ribas foram afastados dos cargos, em cumprimento a decisão liminar do Juízo Cível da comarca. Eles fazem parte do rol de requeridos em três ações civis públicas propostas pelo Ministério Público da comarca, que questionam o pagamento de médicos que atuam ou atuavam no Hospital Municipal. Vale ressaltar que o ex-prefeito Antonio Camilo, e o tesoureiro da época também foram alcançados pela liminar. O suposto prejuízo aos cofres públicos pode chegar à cifra de seis milhões de reais, ou exatamente R$5.690.667,15. No lugar do prefeito, assumiu o vice Professor Pedro Estevão, que durante a noite foi empossado numa sessão solene da Câmara Municipal. “Eu fui eleito com Valentim e me afastei do grupo por não concordar com muita coisa que acontecia; sei que o caminho é difícil, mas estamos aqui para trabalha” Disse o Prefeito empossado a Rádio Nova Era. Ele também assegurou que nesta terça-feira, 27 de março, a prefeitura ficará fechada para uma auditoria de verificação que pode resultar em um fechamento por prazo maior. Outra medida dispensar por hora, todos os cargos comissionados e de confiança. Nas ações, além do afastamento, a Promotoria requereu e a Justiça determinou o bloqueio dos bens e das contas dos requeridos. Todas as ações são assinadas pelo promotor de Justiça Ricardo Basso, que recebeu a Rádio Nova Era para uma entrevista ainda na noite de segunda-feira. A primeira ação trata de um profissional concursado que acumulava dois cargos de médico com 40 horas semanais cada. O Ministério Público argumenta que não haveria como cumprir 80 horas semanais e que a remuneração por ele recebida girava entre R$ 70 mil e R$ 80 mil por mês, o que seria ilegal, uma vez que supera em muito o teto que pode ser recebido por um funcionário público municipal: R$ 12.600,00. O médico passou no segundo concurso em 2006 e, desde então, recebe pelos dois cargos. Na ação, a Promotoria pede que sejam devolvidos aos cofres públicos, pelos requeridos, mais de R$ 4 milhões que teriam sido pagos ao médico irregularmente. A outra ação civil pública trata do filho do médico requerido na primeira ação. Também médico, ele foi contratado via licitação para prestar serviços ao município, de setembro de 2010 a setembro de 2011. No entanto, em janeiro do ano passado, ele foi aprovado em residência médica na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, deixando de atuar em Manoel Ribas em fevereiro. Mesmo sem trabalhar, ele ainda teria recebido nove pagamentos, no valor de R$ 20.700,00 cada. O MP também processou o pai, neste caso, uma vez que ele recebida os cheques, nominais ao filho, e os depositava na própria conta. Ao todo, teriam sido recebidos irregularmente mais de R$ 210 mil. Na terceira ação, outro médico é requerido por receber acima do teto: mais de R$ 40 mil mensais. “No passado a população tinha uma visão destorcida do Ministério Público, ou achava que seu papel era apenas defender ou acusar em um tribunal do Júri, mas hoje se percebe que o promotor pode ser um guardião do dinheiro público e estamos ao lado daqueles que prezam pela cumprimento da lei” Disse o Dr. Ricardo Basso na entrevista. A assessoria do Prefeito Valentim, informou que ele não queria se pronunciar, mas que ele está tranquilo e que ao verificar a contabilidade, os investigadores perceberam que ele não cometeu ato ilícito, e fez tudo como manda a lei. O Prefeito também reclama de uma oposição sistemática praticada por cinco vereadores que torcem para o quanto pior melhor.

POLÊMICA NA CÂMARA MUNICIPAL- 

Troca de acusações entre Presidente de Câmaara e Vereador "Zequinha"

Durante a sessão solene que empossou o vice prefeito na noite de segunda-feira, 26 de março de 2012, o clima esquentou. Pedro Stevan foi recebido com aplausos, e após o seu juramento, todos os vereadores usaram a palavra, em sua maioria para desejar boa sorte. Giovani Tonelli, repudiou as irregularidades e disse que o resultado era uma luta dos vereadores que nunca concordaram com as ilegalidades, e chamou o Promotor de Justiça de um amigo da lei e defensor de todos. O Vereador “TEBA” chegou anunciar que está decepcionado com Política e que está desistindo de concorrer novamente a reeleição por causa das mazelas e dos acertos que são propostos nos bastidores, pensamento que foi seguido pela Vereadora Telma. Já o Vereado “ZEQUINHA” saiu em defesa do Prefeito Valentim, e disse que em nenhum momento a ação diz que o prefeito roubou, apenas que o Prefeito cumpriu uma lei que já veio errada do tempo do ex-prefeito Camilo, que também foi alcançado pela ação. Ao final, quando o vereador Silvério Guezi, pediu a palavra e reclamou da falta de apoio dos quatro edis de situação, houve uma bate boca com o vereador “ZEQUINHA”, os dois trocaram acusações, ameaças e com o dedo enriste perderam a compostura e quase foram para vias de fato.

OUÇA AQUI – Matéria completa com entrevista do Promotor Dr. Ricardo Bosso; entrevista com o Vice Prefeito, a fala de alguns vereadores, e o bate boca entre “ZEQUINHA” e o presidente da Câmara SILVÉRIO GUEZI.