16/12/2011

"COLUNA DO PE. NATALÍCIO" "MARRETA E BIGORNA" (Lc 1, 5 - 25)

Quando eu era criança, gostava demais de andar à cavalo. Adorava quando papai ia viajar e nos colocava na garupa. Muitas vezes, eu ia na garupa e meu irmãozinho mais novo, na cabeça da sela. Quase sempre, íamos à missa assim, enquanto mamãe e os outros irmãos iam caminhando. Aquilo era uma delícia! Não me sai mais da memória! Papai não tinha muitos cavalos! Era apenas um, a seviço da família! O primeiro de que me lembro, chamava-se: Canarinho. E o último que tivemos lá em Minas Gerais se chamava "Bem-Feito"! Aqui no Paraná, lembro-me do "Sereno". Alguns, adquiriram graves defeitos por ocasião de seu adestramento. Lembro-me de um que aprendeu a abrir as porteiras para fugir! Teve outro que estacava e arrebentava a corda que o prendia a uma árvore ou poste e fugia também! Outro disparava e era uma dificuldade fazê-lo parar! Ainda tinha aquele que, quando "empacava" ficando firmemente parado e não continuava a caminhada. Tinha outro que "mascava" a corda do cabresto até se desprender e aí, fugia também! Por várias vezes, fui com meu pai levar cavalo para colocar ferradura. Ferradura é um objeto de ferro pregado nos cascos dos cavalos para proteger das pedras ou de terra mole nos transportes pelas estradas ou pelas roças. É como se fosse uma sapata, com salto, envitando o deslisamento. Impede que o animal cargueiro escorregue nas ribanceiras, colocando em risco a carga e o próprio animal. Era trabalho melindroso! O ferreiro tinha que tomar as medidas dos cascos dianteiros e trazeiros! Depois, fazia a ferradura ali na bigorna. A chapa de ferro era colocada no fogo até ficar bem vermelha. O fogo era feito com carvão especial e agitado com um fole manual. Depois que a chapa estava bem quente, recebia fortes marretadas em cima da bigorga para ficar na medida ideal. Depois, era colocada na água fria e voltava ao fogo. Esse revezamento era feito várias vezes até ficar no ponto ideal. Como chapa de ferro, é a nossa vida. Muitas vezes somos elevados em grandes surpresas alegres. Depois, outras muito trites. Entre elas, quantas pancadas! Lembro-me do que aconteceu com o Pai de João Batista, o Precursor. O sacerdote Zacarias foi ao Templo cumprir suas funções. Não podia imaginar o que estava reservado para ele. Era velho e sua esposa também. Não tinham filhos. Talvez já estivesse acostumado com a idéia de não ser pai; de não ter filhos! Talves já tivesse se acomodado com aquela vidinha pacata. Mas, ali, ao lado do altar, apareceu o Arcanjo Gabriel e trouxe-lhe duas grandes surprezas: O Velho Sarcedote iria ser pai! Não podia acreditar naquilo! Deve ter dado rizadas, como fez a mulher de Abraão. A outra surpresa foi dolorosa! Por ter duvidado do Poder de Deus, ficou mudo. Não podia falar! Foi uma reprimenda do Onipotente. Não se deve duvidar do Poder do Criador (Lc 1, 5 - 25). Fico a imaginar o quanto sofreu aque velhinho! Já ao sair do templo, quanta gente querendo saber o que tinha acontecido com sua demora la dentro! Por que estava mudo? Não tinha como explicar! Como teria sido a conversa com Isabel? Deve ter havido muita confusão! Como falar para os vizinhos sobre sua mudez e sobre a gravidez da esposa? Quantos comentários devem ter acontecido! Quanta fofoca deve ter rolado! Que isso sirva de lição para todos nós. Nunca duvidar do poder de Deus. Para Ele nada é impossível. Devemos saber administrar as boas surprezas e as surpresas dolorosas. Quero que o mundo todo conheça o Deus do Impossível. Não me canso de trabalhar para isso. Acredito nisso! Prego isso! E que ASSIM SEJA...


ORAÇÃO:


Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Não permitas que duvidemos de Vossas Realizações!
- Fazei-nos aprender com o testemunho do Sacerdote Zacarias!
- Realizai supresas agradáveis em nossas vidas!
- Atendei as preces dos casais que querem ter filhos!
- Acolhei nossos louvores pelo milagre na casa de Zacarias e Isabel...
AMÉM.

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