11/08/2011

"COLUNA DO PE. NATALÍCIO" "BICICLETA AMARELA" (Mt 18, 21-19,1)


No ano de 1977, morei em Santa Fé por 10 meses. Tempo suficiente para concluir a oitava série. Foi um tempo de crescimento Pastoral. O Padre Dé era o Pároco e dava-me boas orientações. Aprendi muitas coisas da Pastoral com ele. Era muito exigente e não brincava no trabalho. Exigia eficiencia e perfeição. Mas também nos ajudava em nossas dificuldades. Lembro-me que ganhava 500 cruzeiros por mês. No final de 5 meses, consegui comprar uma bicicleta. Foram dois mil e quinhentos cruzeiros bem aplicados. Era uma bicicleta Monark, barra circular e de cor amarela (não era Brasília amarela) mas era minha bicicleta! Quanta estrada de areia percorri com aquela magrela. Quando fui embora de Santa Fé para Ivaiporã, levei a magrela comigo. Em Ivaiporã, Padre Dé tinha uma casa grande onde morava um grupo de Seminaristas menores. Era uma seção do Seminário Diocesano. Eu era o mais velho da moçada. Padre Dé ensinava que devíamos colocar em comum todos os nossos pertences pessoais. Ninguem devia ter coisas particulares. Coitada da minha magrela! Foi usada por toda aquela molecada! Ficou riscada, quebrada, pneu furado e outros acidentes. Todo mundo a usava mas nem todos tinham cuidado. Isso me doía muito! Também um rádio portátil que trouxe da casa do meu pai (comprei-o em 1971, de segunda mão, por noventa cruzeiros), foi parar na mão dos meninos. Um ano e meio depois fui morar em Califórnia ajudar o Padre Tito. Minhas relíquias (rádio e bicicleta) ficaram em Ivaiporã. Foram muito usados e mal cuidados! O rádio eu consegui resgatá-lo abandonado numa oficina. Mas a bicicleta, não a vi mais até hoje! Esses são apenas dois exemplos de injustiças que já sofri nesta vida. Ninguém gosta de ser injustiçado. Portanto não devia ser injusto com os outros. Tudo aquilo que não quero pra mim, não devia fazer para os outros. Jesus Cristo falou disso várias vezes. Quando falou do perdão, contou a história de um empregado, que devia bastante ao seu patrão e não podendo pagar pediu clemência e o patrão perdou-lhe a dívida! Porém o empregado que foi perdoado, não foi capaz de perdoar o seu companheiro que lhe devia uma quantidade insignificante (Mt 18, 21-19,1). Isso foi uma grande injustiça. Jesus ensina que da mesma forma que Deus nos perdoa, nós também devemos perdoar. Se queremos que Deus nos perdoe também nós devemos perdoar os outros. Se queremos que os outros nos perdoem, então devemos perdoar também. Sinto que devemos progredir nesta escola do perdão. Precisamos melhorar de notas nesta escola. A cultura do perdão deve ser mais trabalhada e conhecida. É difícil pedir perdão e também é difícil dar o perdão. Porém estas duas práticas podem mudar o mundo. Sendo assim, é imperativo desempenhar uma grande campanha para essa promoçã. Todos podem fazer alguma coisa, especialmente a família onde se reza e se pratica o perdão. Por isso insistimos para que rezemos juntos e trabalhemos unidos...
ORAÇÃO:
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Ensinai-nos a cuidar bem das coisas da comunidade!
- Não permitas que haja injustiça entre nós!
- Fazei-nos humildes para pedir perdão!
- Fazei-nos grandes para saber perdoar!
- Recebei nossos louvores pelo Perdão que nos dais...
AMÉM!




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