14/07/2011

"COLUNA DO PE. NATALÍCIO" "CAPELA DA SERRINHA" (Mt 11, 28 - 30).


Em 1968 nossa família se mudou do Estado de Minas Gerais para o Estado do Paraná. Era 13 de julho e eu estava com 13 anos e meio. Meu pai, minha mãe e 6 filhos. Depois nasceram o Francisco e a Jacinta. Essa mudança mexeu muito com nosso futuro. Encontramos, aqui no Paraná terreno fértil, não apenas para fazer lavoura, mas também para progredir na fé. A animação das comunidades era intensa. A nossa Diocese (Apucarana) tinha sido criada e instalada fazia pouco tempo e nosso Bispo, Dom Romeu também vivia seus primeiros anos de episcopado e as comunidades tinham um dinamismo enorme. As Comunidades Eclesiais de Base (Igreja Base) funcionavam muito bem. Mesmo sem ter estudos escolares, coordenava uma Comunidade na Água do Querubim, em Jacutinga. Havia muitas famílias morando nos pequenos sítios e as reuniões aconteciam todas as semanas. Eram em todas as sextas, à noite. Aquilo era muito gostoso. Havia muitos cânticos, rezas, brincadeiras de crianças , muita alegria e até mesmo umas "paqueras" entre os jovens e adolescentes. Uma das músicas que gostava de cantar era "Balada por um Reino". Música do Padre Zezinho. Que saudade.... Da Água do Querubim, onde minha família morava, até à Capela, sede da Diaconia, era bem longe. Tinha que andar pelo meio das roças e pastos. Passar debaixo de cerca de arame e numa pinguela. Subia e descia morros. Quanto sofrimento! Com barro ou com poeira! Com sol ou com chuva! Com frio ou calor! Mas havia um prazer em trabalhar nas coisas de Deus. Quantas vezes cheguei consado e suado na Capela, cuja Padroeira era Nossa Senhora da Conceição! Ficava no alto de um morro e, por isso, o lugar era chamado de Serrinha. "Capela da Serrinha". Quando a gente entrava dentro da Capela, sentia uma paz muito grande! Parecia um pedaço do céu. O Diácono Nestor conservava a Eucaristia alí no sacrário permanentemente. Quando entrava na igreja, com as pernas doendo e os pés queimando dentro do sapato, sentados naqueles bancos de madeira rústica, bem perto do tabernáculo parecia ouvir Jesus dizendo como no evangelho: "Venham a mim, todos vocês que estão fatigados com o peso do fardo. Venham e eu aliviarei vocês. Meu jugo é suave e meu peso é leve" (Mt 11, 28 - 30). Junto de Jesus podemos sentir um conforto incalculável. Quem já sentiu, volta sempre. Quem não sentiu deve fazer a experiência. Esse convite de Jesus vale até hoje e em todas as circustâncias. Ele nos alivia fisicamente e espiritualmente. Ele cura nossas doenças do corpo e da alma. Por isso é que devemos nos aproximar mais Dele. Podemos fazer isso de várias maneiras, mas especialmente na Eucaristia e no encontro da Comunidade. Quando duas ou mais pessoas se reunem no nome de Jesus, Ele se faz presente. Então devemos promover mais oportunidades para as pessoas se encontrarem com o Mestre na oração e no trabalho. Trabalhar e rezar. Rezar e trabalhar. Portanto, vamos ficar juntos na oração e unidos no trabalho...

ORAÇÃO:
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito!
- Socorrei-nos em nossas tribulações!
- Aliviai nossos fardos pesados!
- Fazei-nos buscar sempre o alívio do Vosso Filho!
- Não permitas que sejamos enganados na busca de conforto!
- Acolhei nossa gratidão, por aliviar nossos fardos...
AMÉM!

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