07/06/2011

LONDRINA - Prefeito de Londrina participou de esquema de corrupção, diz MP


O Ministério Público (MP) pediu o afastamento do Prefeito de Londrina, Homero Barbosa Neto (PDT), nesta terça-feira. A promotora responsável pelo caso afirmou as investigações feitas pelo órgão apontam a participação do prefeito no esquema de corrupção no sistema de saúde do município. O prefeito, a primeira-dama Ana Laura Lino, o Secretário de Planejamento Fábio Góes, o propietário do Instituto Atlântico e outras quatro pessoas poderão responder a ações de improbidade administrativa. Improbidade é o ato ilegal, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente dela. Propina - A promotora de patrimônio público do MP, Leila Voltareli, afirmou que as investigações da Operação Antissepsia apontam para dois atos específicos de corrupção, que teriam ocorrido sob mando e orientação de Barbosa Neto. Um deles consistiu na oferta de promessa de pagamento R$ 300 mil, feita pelo proprietário do Instituto Atlântico, Bruno Valverde, para que o prefeito e a primeira-dama trabalhassem em favor da contratação do Instituto para prestar serviços à administração municipal. O acordo teria tido o intermédio de um lobista- Ruy Nogueira Neto. Mesmo o pagamento não tenso sido efetuado, a oferta e a aceitação por parte do agente constitui corrupção e ato de improbidade Também foi identificado que houve efetivamente levantamento de recursos para atender a finalidades pessoais do prefeito, que consistiram no pagamento no valor de R$ 20 mil. A quantia teria sido paga para Ana Laura Lino. Segundo o MP, embora a primeira-dama não fosse servidora do município, ela agia intensamente sob orientação do prefeito, interferindo em assuntos de interesse público de Londrina. Barbosa Neto- Antes de saber do pedido de afastamento proposto pelo MP, Barbosa Neto havia se manifestado em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (7). Ele disse que é legítima a ação do MP, mas que acredita que a decisão possa ser reformada em outra instância. Ele se defendeu afirmando que não existe nenhuma prova que aponte para a participação dele ou de sua esposa no esquema. “Eu esperava que houvesse algum tipo de prova além de testemunhas falando, mas se há, por exemplo, o nosso sigilo telefônico à disposição, por que não pegam uma gravação? Por que não pegam um cheque, um depósito na conta, ou na conta de alguém ligado a nós? Aonde é que está o dolo do prefeito ou da minha esposa?”, questionou Barbosa.
(COM G1)

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