01/12/2010

CRÔNICA - AS INCERTEZAS DE UM PARTIDO

Crônica de: Dr. Augusto Alves dos Reis. 94 anos. Primeiro prefeito da cidade de Valentin Gentil em SP. Ex-presidente da Câmara Municipal da cidade. Médico formado no Rio de Janeiro há mais de 75 anos, ainda exerce a profissão na cidade de Ribeirão Pires.

Terminadas as eleições para Presidente, um dos partidos líderes de grande disputa teve a sua estrutura abalada. Muitos de deus líderes não conseguiram se reeleger, inclusive o seu presidente. O Partido ficou cheio de dúvidas e incertezas ás portas da divisão. Aliás, ele nasceu de uma grande discórdia dentro do PMDB do qual se originou. Alguns líderes deste partido, em São Paulo, os chamados “quercistas”, entre eles Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, e outros se rebelaram e fundaram o PSDB de fundo social democrata. Seus líderes são cautelosos, não carismáticos, costuma ficar em cima do muro para ver a banda passar. Janio Quadros que era populista não os topava de jeito nenhum, principalmente o Fernando Henrique. Pouco a pouco seu ideário Social Democrata foi se perdendo e ficando pelo meio do caminho. Seu Horror ao populismo está provocando cada vez mais o distanciamento das massas, e, agarrando-se anacronicamente a um discurso moralista está completando a desconfiança do povo, que interroga: Será Sr? – Será que é? Outros ficam meneando a cabeça. Há muito preconceito e muita visão errada da realidade política dos nossos dias que eles teimam em defender apesar das transformações sociais. Que democracia é esta? Indaga o povo e eles continuam batendo na mesma tecla. Não perceberam que estão na contramão da História; não perceberam que a maior nação democrática do mundo fez do seu príncipe herdeiro noivo de uma plebéia, simples e humilde. Acorda José Serra! Foi assim que José Serra, depois de muito hesitar, atirou-se a luta, para disputar pela segunda vez a Presidência da República. E perdeu. Era para ter perdido por uma margem superior de votos se não fosse à candidatura Marina ter dividido a base eleitoral da coligação do PT, no segundo turno. Percebia-se que, desde o lançamento da Candidatura Serra que o povo notava a indecisão de sua postura. No início foi um verdadeiro jogo de empurra entre ele e o Aécio, Governador de Minas, dando a impressão de que o Partido estava dividido como bem se constatou depois. Aécio, muito esperto, pulou fora. Quiseram metê-lo numa camisa de força, numa “chapa puro sangue“, fazendo dele “ um objeto ” ou um “ vaca de presépio “. Esquivou-se. Buscou antes uma cadeira de Senado, para o qual foi eleito, entrincheirando-se no Congresso para dar continuidade as suas pretensões políticas. Para ele deixamos aqui um aviso: “Nunca abandone seu povo, nunca tenho medo deste povo humilde, principalmente os mais pobres, porque é dele que emana toda a força que sustenta nossa Democracia. Somente o povo é soberano. E se a força vem do povo, e o povo é soberano – esteja com o povo e para o povo.

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