Gleisi descarta abandonar Senado para assumir ministério no governo de Dilma

Gleisi Hoffmann (PT), eleita com 3,1 milhões de votos para ocupar uma das vagas do Paraná no Senado a partir de 2011, descartou a possibilidade de deixar o cargo para chefiar um dos ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff. "O convite não chegou a ser feito, houve somente especulação, mas caso acontecesse eu não poderia aceitar. Tenho que honrar a confiança dos paranaenses. Dilma sabe que eu poderei ajudar mais no Senado do que num ministério", afirmou Gleisi em sua entrevista no Jornal da Banda B, edição da tarde. A senadora eleita elogiou a postura de Dilma em querer que 30% de sua equipe de governo seja composta pelo sexo feminino. "Somente assim as mulheres terão mais parcipação no governo e nas grandes decisões", comentou Gleisi. Ela confirmou a presença do marido,Paulo Bernardo, ministro do planejamento, na equipe de transição de governo. "Ele esteve presente já no início do primeiro governo do presidente Lula e agora vai continuar no time. Mesmo que vários nomes sejam mantidos, é preciso acertar bem tudo para a mudança. Existem políticas que devem ser resolvidas ainda neste governo que terão forte impacto no próximo, por isso é necessária uma boa passagem", afirmou Gleisi. Salário mínimo - Uma destas decisões importantes é o reajuste do salário mínimo. Segundo a futura senadora, mesmo que o valor não chegue a R$ 600,00, haverá um aumento significativo. "Acredito que o valor deve ser fixado entre R$ 540,00 e R$ 550,00, tudo vai depender das negociações. Se isso for confirmado, teremos uma recuperação acima da variação do último PIB registrado no país", revelou Gleisi.