26/08/2010

MST NO PARANÁ - Reintegração de posse termina com 14 feridos



Tumulto e confusão marcaram a retirada dos 500 trabalhadores sem-terra ligados à Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), que invadiram a prefeitura e a Igreja Matriz de Alvorada do Sul, Norte do Paraná, nesta quinta-feira (26). Houve tiros de borrachas por parte da polícia e pauladas e pedradas por parte dos manifestantes, que protestavam contra a reintegração de posse de sete fazendas da região. . Diversas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital. A pancadaria teve início quando um dos líderes do movimento, Celso Damasceno, foi preso. Segundo a polícia, havia um mandado de prisão temporária contra ele, expedido pela Justiça de Porecatu, por roubo de tratores. Os policiais aproveitaram a ocasião para cumprir o mandado. Os manifestantes reagiram com pedradas e pauladas. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, alguns por mordidas de cachorros da PM, e foram encaminhadas para o hospital da cidade. De acordo com o comandante da PM em Rolândia, Luiz Carlos Deliberador, em entrevista, dois policiais também tiveram ferimentos leves. Desde o início da manhã, aproximadamente 700 policiais militares cumprem ordens de reintegração de posse em sete fazendas da região. A ação deve durar três dias. A retirada dos sem-terra começou pelas fazendas Canaã, em Porecatu, e Palheta, em Alvorada do Sul. As duas áreas pertencem ao Grupo Atalla, proprietário da Usina Central. Além dessas, já houve a retirada de pessoas da fazenda Santa Lina. O comandante da Polícia Militar de Porecatu, capitão Celso Andrade, afirmou que o processo de retirada dos trabalhadores de dentro das fazendas foi tranquilo. Ele comanda a reintegração da Fazenda Canaã, em Porecatu. Segundo o capitão, os sem-terra deixaram a propriedade com a chegada da PM. “Estamos fazendo a desmontagem dos barracos e esperando os caminhões para carregarmos os pertences dos trabalhadores”, disse. Funcionários ligados ao Grupo Atalla incendiaram as madeiras utilizadas pelos sem-terra na construção dos barracos. O objetivo é evitar uma volta dos trabalhadores ao local. (Gazeta e fotos de Eliandro Piva)

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