18/07/2010

PROFESSOR PEDE ESPAÇO NO BLOG DO BERIMBAU

O Blog do Berimbau recebeu e-mail do Professor Cleiton Costa Denez, ele é Professor - do SEED/PR, Mestrando em Geografia - UNICENTRO. Ele pediu espaço para postar uma notícia especial... Espaço concedido:

Um pouco da minha vida

Resolvi usar este espaço para falar um pouco da minha vida de estudante e professor, vou começar por uma notícia que recebi ontem:



"O Governo do Paraná não concede direito de licença para
quem pretende cursar um programa de mestrado e doutorado e nem
foi possível a licença sem remuneração para me dedicar ao curso".
Esta matéria é importante para aqueles que estão cursando pós-graduação Stricto Sensu (mestrado ou doutorado) que são professores em qualquer grau. A CAPES agência que fomenta e regulamenta estes cursos oferece bolsas para os acadêmico.
Antes desta portaria o acadêmico para receber a bolsa deveria estar desvinculado de qualquer atividade remunerada e se dedicar exclusivamente ao programa. Estas bolsas são em torno de R$ 1.400.000 (mil e quatrocentos reais) mensais para o mestrado e de R$ 2.200. 000 (dois mil e duzentos reais) mensais para o doutorado.
Passei por este impasse, sou professor da rede estadual do Paraná nomeado recentemente por concurso, e logo fui aprovado em um programa de mestrado e fiquei com uma boa classificação para receber uma bolsa, porém, deveria me dedicar exclusivamente ao programa. O Governo do Paraná não concede direito de licença para quem pretende cursar um programa de mestrado e doutorado e nem foi possível a licença sem remuneração para me dedicar ao curso.
Procurei varias formas através do meu núcleo regional de educação, mas, não houve saída infelizmente. Atualmente estou na metade do curso que tem sido feito com dedicação acima de tudo, porém, compartilhado com a dedicação de 40 horas aulas na rede estadual do Paraná.
No momento que fui aprovado tinha duas saídas; ou fazia da forma que esta sendo feito, ou pedia exoneração do Estado do Paraná para receber a bolsa e se empenhar na minha formação. Fiquei com a primeira, acuado, indignado e sem saída diante da situação exposta.
É notório ainda no meio acadêmico e da pesquisa que professores de ensino fundamental e médio são vistos num patamar inferior e ainda a forma que a Educação pública de ensino fundamental e médio impede o crescimento do professor que buscas outros caminhos que não sejam aqueles indicados pelas secretarias de educação.
A portaria da CAPES vem de encontros com estas necessidades, pois, se recebido a bolsa nas minhas circunstâncias, teria apenas metade da carga horária na rede estadual e facilitaria a minha vida, sendo que mesmo com 40 horas, minha dedicação ao programa não tem sido menor de que um bolsista CAPES que se dedica exclusivamente ao programa.
Não recebo nem um incentivo por parte da rede estadual para cursar mestrado, faço um trajeto de 400km da minha cidade até onde está a Universidade semanalmente de ida e volta para estar na presente no programa de mestrado semanalmente, e ainda no retorno a minha cidade o trabalho de 40 horas em sala de aula que me aguarda.
Foi feito muito com esta portaria, porém, há muito a ser feito para que se diminua as discrepâncias daqueles que se dedicam exclusivamente a estudar para aqueles que não tem escolha e tem que arcar com a sua formação através de uma trabalho que tem sido pouco valorizado pela sociedade que o de sala de aula do ensino fundamental e médio.

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