13/07/2010

Marcelo Almeida defende revisão do preço mínimo do trigo


Deputado federal é contra a redução de 10% para a safra de 2010


O deputado federal Marcelo Almeida (PMDB) quer reverter a decisão do Governo Federal de reduzir em 10% o preço mínimo pago pela saca de trigo aos produtores rurais na safra 2010. Considerando o prejuízo dos agricultores, ele encaminhou ao ministro Wagner Rossi, da Agricultura, oficio solicitando a revisão da redução dos preços da safra já para esse ano. De acordo com legislação, os preços devem ser fixados com antecedência de, no mínimo 60, dias antes do plantio da safra. Neste ano, o Governo anunciou a redução de 10% no preço mínimo do trigo 100 dias após o início do plantio. “O Governo tem que respeitar as regras do jogo. O produtor não pode ser surpreendido, nem prejudicado. O plantio e a produção de trigo foram projetadas dentro de um valor que tem de ser respeitado e mantido. Acredito que o Ministério da Agricultura deva rever essa questão o mais rápido possível para acalmar o setor produtivo”, destacou Almeida. A redução do preço mínimo do trigo, tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, agrava a situação de muitos produtores paranaenses, que no ano passado foram responsáveis por cerca de 52% da produção nacional de trigo. Antes da redução, o custo operacional de produção era de R$ 32,10 por saca, para uma produtividade média de 2.600kg/ha. Considerando-se o preço mínimo de R$ 530,00 por tonelada para o trigo do pão, tipo 1, o produtor recebia R$ 31,80 por saca, contabilizando um prejuízo operacional de R$ 0,30 por saca. Com a alteração do Decreto nº 79/1966, a saca do trigo passou a valer R$ 23,00, resultando em um prejuízo operacional ainda maior, atingindo R$ 8,80 por saca. Marcelo Almeida destaca que a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGM) é um instrumento criado para garantir ao agricultor a remuneração mínima do custo de produção, caso haja excesso de oferta no mercado no momento da colheita, reduzindo o nível de incerteza tanto para o produtor quanto para a sociedade, que terá a garantia da oferta adequada do produto no mercado nacional. No entanto, alerta Almeida, as recentes decisões governamentais não têm levado em conta essa noção, abandonando os triticultores em um momento difícil. “Vamos nos unir ao setor e lutar por essa mudança”, concluiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LEIA ANTES DE COMENTAR!
- Os comentários são moderados.
- Só comente se for relacionado ao conteúdo do artigo acima.
- Comentários anônimos serão excluidos.
- Não coloque links de outros artigos ou sites.
- Os comentários não são de responsabilidade do autor da página.

Para sugestões, use o formulário de contato.
Obrigado pela compreensão.

CARREGANDO MAIS POSTAGENS...