09/07/2010

Copel confirma reajuste das tarifas de energia que pode chegar a 15%

O presidente da Copel, Ronald Ravedutti, confirmou nesta quinta-feira que o desconto de 12,98% nas contas de luz para os consumidores pontuais no seu pagamento deixou de vigorar. Como a Agência Nacional de Energia Elétrica já autorizou no mês passado um reajuste nas tarifas de 2,46%, na prática, a conta de luz dos consumidores paranaenses deve ter um aumento de cerca de 15% em agosto. A medida – “O desconto, que neutralizava os efeitos do reajuste tarifário médio de 12,98%, fixado em junho de 2009, pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, foi autorizado pelo Conselho de Administração da Companhia para vigorar de julho de 2009 até junho de 2010”, explicou Ravedutti, em texto divulgado hoje pela Agência Estadual de Notícias. “Até o momento, não houve deliberação dos colegiados superiores de gestão da Companhia, especificamente seu Conselho de Administração e a Assembleia Geral de Acionistas, pela sua continuidade”, alegou. O presidente da Copel também ressaltou que a prática dos descontos para neutralizar o reajuste médio de 12,98% concedido pela Aneel em junho de 2009 deixou de se justificar como benefício social. “Observamos que o desconto deixou de cumprir sua finalidade social, quando cerca de 50% das contas de luz não mais eram pagas até o vencimento, e que a grande maioria dessas contas era de famílias com padrão de consumo muito pequeno”, afirma. Segundo Ravedutti, as famílias mais pobres eram penalizadas, pois ao quitar a conta de luz após o vencimento pagavam tarifa já reajustada, mais elevada que aquela paga pelas famílias de melhor condição econômica. Ravedutti lembrou que a Copel desenvolve um programa de investimentos de R$ 1,34 bilhão, e que pretende ainda crescer e expandir suas atividades, inclusive fora do Paraná. A companhia alega que em razão desses empreendimentos e também das obras necessárias à expansão e reforço do sistema elétrico paranaense, ainda que em alguns casos ela possa dispor de financiamentos como ocorre com as obras incluídas no PAC, a Copel precisa contar com os recursos provenientes da venda de eletricidade, sob pena de ver inviabilizados os projetos. “Ainda que seja uma obra com financiamento, sempre existe o compromisso de a empresa ingressar com uma contrapartida cuja origem é o caixa da Companhia”, diz o dirigente da empresa Ravedutti. “E não podemos comprometer nosso programa de investimentos, sob pena de colocar em risco os projetos de crescimento econômico e desenvolvimento social do Estado”, afirma Ravedutti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LEIA ANTES DE COMENTAR!
- Os comentários são moderados.
- Só comente se for relacionado ao conteúdo do artigo acima.
- Comentários anônimos serão excluidos.
- Não coloque links de outros artigos ou sites.
- Os comentários não são de responsabilidade do autor da página.

Para sugestões, use o formulário de contato.
Obrigado pela compreensão.

CARREGANDO MAIS POSTAGENS...