15/04/2010

Mais de 200 londrinenses teriam comprado habilitação

Quem reprovava várias vezes no teste prático em Londrina, rapidamente era aprovado na outra cidade, pagando "apenas" R$ 2 mil
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) está investigando um esquema de venda de carteiras de habilitação, principalmente para moradores de Londrina, que funcionaria com a conivência de dois servidores da Ciretran de Sertaneja, município distante 81 quilômetros de Londrina. O preço do documento no "mercado negro" variava entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil conforme informações confirmadas ao Bonde com exclusividade. Os dois funcionários estão sendo investigados em processo administrativo desde novembro do ano passado, segundo a assessoria de comunicação do Detran, mas ainda não foram afastados das atividades. Eles estão em férias. Duas auto escolas do município - os Centros de Formação de Condutores Campos e Sertaneja, estavam envolvidos, segundo o Detrana, e já tiveram suas credenciais bloqueadas. Ainda de acordo com a assessoria, do processo constam nomes de 200 a 250 pessoas que teriam comprado a habilitação por meio do esquema. A maioria dos "motoristas" habilitados de maneira fraudulenta era moradora de Londrina. "Pessoas que reprovavam mais de 10 vezes na prova prática em Londrina eram aconselhadas a fazer a prova em Sertaneja, onde havia a garantia de que passariam", explicou a assessoria de comunicação. Efetivamente, após a primeira prova em Sertaneja ou em Rancho Alegre, que pertence à mesma Ciretran da cidade vizinha (e fica a uma distância de apenas 10 quilômetros de Sertaneja), o "motorista" era aprovado e retirava a habilitação, pronto para dirigir no trânsito de Londrina. "Se ficar comprovado que houve a fraude para a realização do teste, estas carteiras de habilitação serão anuladas e quem as comprou poderá ser responsabilizado", explicou ainda a assessoria de comunicação. De acordo com nota do Detran, o processo administrativo deve ser finalizado nesta semana e, em seguida, será encaminhado à Ouvidoria Geral do Estado para providências administrativas, que podem resultar na exoneração dos funcionários. Além disso, as conclusões serão enviadas ao Ministério Público e à Delegacia de Polícia local para devidas providências civis e criminais.

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