02/03/2010

BISPO DE APUCARANA DIZ QUE É CONTRA PADRE NA POLÍTICA E PADRE ARTISTA

Uma nova visão de Igreja Bispo de Apucarana aponta os desafios de aproximar os fieis e os padres; defende uma postura rígida
''Um sacerdote não pode gastar o seu tempo burocraticamente, em funções administrativas, em construções, levantando fundos para obras sociais ou em outras atividades que leigos podem desempenhar. Ele deve estar sempre disponível para atender ao povo, às inúmeras pessoas que necessitam de uma palavra de fé, de ânimo e de conforto''. Afirmação é de dom Celso Marchiori, bispo de Apucarana (Norte), que em apenas quatro meses à frente da Diocese tem procurado implantar uma nova visão de Igreja. O caminho que dom Celso escolheu para dar impulso ao seu ministério é a postura rígida no seguimento dos princípios católicos, acompanhando de perto o trabalho dos 65 padres de sua diocese. ''A Igreja tem necessidade de sacerdotes que ensinem pelo fruto de sua própria experiência, o padre deve entender que sua imagem significa muito para o povo e que suas fragilidades humanas podem afastar as pessoas de Deus. Bons padres atraem o povo, as igrejas ficam cheias'', afirma dom Celso, que esteve em Londrina na semana passada, onde ministrou palestra na Pontifícia Universidade Católica (PUC). Ordenado sacerdote em março de 1988, em Curitiba, e lá permanecendo até ser escolhido pelo Papa Bento XVI para o cargo de bispo, dom Celso afirma que o padre não pode usar de seu ministério para promoção pessoal. ''Há um perigo quando os consagrados querem se tornar artistas ou políticos. Padre é o homem que leva a Deus, se não são reconhecidos dessa maneira é porque se desviaram de seu chamado, estão buscando projeção e isso é um fracasso'', expõe dom Celso. Na Diocese de Apucarana, dois padres estão afastados do ministério sacerdotal, atuando como prefeitos, um no município de Borrazópolis e outro em Jardim Alegre. "Estamos em conversação para que retornem ao ministério da Igreja. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) orienta que os padres não devem se dedicar à política partidária e essa é também a minha visão. Se alguém quer ser ordenado deve se dedicar para o bem do povo por meio da fé'', declara o bispo. Outras atividades realizadas pelos padres também são desaconselhadas por dom Celso. ''Hoje muitos se dedicam à música, gravando CDs e fazendo shows, alguns realizam excursões e até cruzeiros, isso pode ajudar na evangelização, mas é secundário. O grande foco é o que ninguém pode fazer a não ser o padre, que é celebrar a missa, ouvir o povo em confissão, atender as pessoas que aflitas querem sentir o apoio. (foto da esquerda- Padre Jose Martins, da Direta, Padre Osvaldo)

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