05/02/2010

Preço da gasolina deve cair semana que vem


Redução da Cide, que passa vigorar hoje, vai compensar o aumento no custo do combustível decorrente da diminuição da mistura do álcool anidro

A redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para a gasolina, que passa a vigorar a partir de hoje, vai compensar o aumento no preço do combustível decorrente da diminuição de 25% para 20% da mistura de álcool na gasolina, em prática desde a última segunda-feira. A estimativa do Sindicombustíveis Paraná é que o preço nas bombas baixe, em média, R$ 0,08 por litro, retornando ao patamar do mês passado. Mas o consumidor só deve começar a sentir no bolso no início da próxima semana. ''O mercado funciona assim: para subir, é como um foguete; para baixar, como uma pluma'', repara Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis Paraná, que congrega 2,6 mil postos no Estado. A alíquota da Cide cairá de R$ 0,23 para R$ 0,15 por litro. A desoneração valerá até 30 de abril. Com a medida, o governo deixará de arrecadar R$ 90 milhões. O ministro Guido Mantega explicou que o percentual de redução foi decidido com base no impacto que a alteração na mistura (do álcool) teria sobre o preço final da gasolina. Para Fregoneze, o governo tomou uma ''decisão tardia'', depois de ''muitos postos'' terem aumentado o preço da gasolina em virtude da alteração na mistura. Esta medida, segundo o sindicalista, causou um impacto de 4% nos custos para os postos. ''Nós (por meio da Federação) já tínhamos pedido a redução da Cide para neutralizar o preço, mas o governo se fez de surdo. Agora, ele deve ter sentido a voz das ruas. O consumidor ficou indignado'', avalia. Fregoneze não acredita na volta dos preços mais altos depois de 30 de abril, quando termina a vigência da redução da Cide e da mistura do álcool. ''Entre a segunda quinzena de março e começo de abril já vamos começar a processar a cana e teremos excesso de produto no mercado. Com isso, vai diminuir o preço do álcool hidratado (combustível) e do álcool anidro (para a mistura da gasolina)'', analisa. O sindicalista não arrisca informar um percentual de redução lá na frente. Mas acredita que o preço do álcool voltará ao patamar de R$ 1,30 a R$ 1,40 o litro. ''Concerteza, a redução virá''. Segundo o Sindicombustíveis, o Paraná ocupa hoje o quarto lugar no consumo de combustíveis, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Por mês, o Estado consome 6,3 bilhões de litros, sendo 16,8% de álcool, 22,8% de gasolina e 57% de diesel. O sindicato informa que o preço nas bombas varia a cada dois quilômetros por causa do frete.

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