29/01/2010

AGRICULTURA -

Chuva reduz produtividade do feijão, mas safra deverá ser 13% superior à de 2009 –
Embora favoreçam o desenvolvimento da maioria das culturas da estação, as chuvas frequentes deste verão prejudicam a produtividade do feijão primeira safra e causam a incidência de ferrujem na soja. Em janeiro, a colheita do feijão aumentou, chegando a 65% da área plantada. Porém, as chuvas reduziram em 11% a produtividade da leguminosa, estima o Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura (Deral). “Ainda assim, a safra de feijão deverá ser 13% maior que a do ano passado. O Estado deverá aumentar a produtividade média, superando a produção do ano passado”, lembra o secretário da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini. O Deral previa uma produção de 537.424 toneladas no feijão primeira safra. Entretanto, após uma reavaliação de campo, estima agora que serão colhidas 476.626 toneladas da leguminosa. A chuva ainda não atrapalha a colheita das lavouras de soja e milho, que está em fase inicial, nem provoca prejuizos aos produtores. Por enquanto, apenas 1% da soja e 1,6% do milho foram colhidos. Nesta safra, os agricultores do Paraná plantaram 4,4 milhões de hectares de soja, e deverão colher 13,4 milhões de toneladas do grão, em novo recorde de produção. SEGUNDA SAFRA — Os técnicos do Deral concluíram a primeira pesquisa de intenção de plantio para a segunda safa de feijão e de milho. O estudo apurou expectativa de redução em 22% na área plantada de feijão, que deve passar de 265.127 hectares, em 2009, para 1.404.773 hectares, em 2010. “O principal motivo para a redução de área é a insatisfação dos produtores com os preços”, explica o engenheiro agrônomo Otmar Hubner, diretor em exercício do Deral. A saca de 60 quilos do feijão de cor está sendo comercializada a R$ 55,60, e a de feijão preto a R$ 56,88. Em janeiro de 2009, valiam R$ 96,15 e R$ 131,22, respectivamente. Já a área plantada de milho na segunda safra deve diminuir em 7%, passando de 1.514.734 hectares, em 2009, para 1.404.773 hectares, em 2010. “Aqui, novamente o motivo é o baixo preço. Contudo, se as condições climáticas forem favoráveis, a produção poderá ficar 35% acima da obtida em 2009, quando foi prejudica pela estiagem”, afirma Bianchini. O secretário ainda lembra que o cenário atual indica recuperação para o mercado de milho, pois houve aumento do dólar, queda no preço de insumos e retomada nas exportações nos últimos meses de 2009. Além disso, há a expectativa de anúncios de leilões de Prêmio Escoamento de Produção (PEP) para fevereiro. O Paraná continua sendo o principal produtor agrícola do País. Na safra 2009/10, deve colher 20,5% da produção nacional de grãos — cerca de 29 milhões de toneladas, ante 24,30 milhões de toneladas na safra anterior. O Estado é o maior produtor nacional de milho, devendo colher 12,31 milhões de toneladas, e também de feijão, devendo colher aproximadamente 800 mil toneladas nas três safras de 2010.

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